Investigações da Operação Overlord são desmembradas em 24 inquéritos
"Os inquéritos foram entregues com a ressalva de que o relatório de análise de documentos não foi remetido ainda e o que resta à Poícia Federal pelo menos neste momento é fazer a análise dos documentos que foram apreendidos nas residências, fazer a perícia e a análise do que estiver nos discos rígidos de computador e talvez, dependendo da manifestação do Ministério Público, cumprir um ou outra cota do MP", disse o delegado da Polícia Federal, Alex Senadro Biegas.
O delegado federal afirmou também que o juiz aposentado Pedro Pereira Campos Filho, preso durante a Operação por posse ilegal de arma, mas que logo em seguida foi liberado por pagar fiança, também vai responder a inquérito. "Tem um inquérito contra ele também por possivelmente, em tese, ter quantificado o crime por corrupção passiva", afirmou o delegado.
Na Cadeia Pública de Rondonópolis estão presas quatro pessoas acusadas de tráficos de drogas, sendo três advogados e o assistente de um deles. "Um fax com uma determinação do Tribunal de Justiça de Cuiabá pede que eles sejam removidos para o Batalhão aqui no BPM", informou a diretora da Cadeia Pública, Joviane da Cruz Mazini.
Ainda na sexta-feira (06), os quatro delegados e os agentes a polícia civil foram transferidos para Cuiabá. Eles estão no Núcleo de Operações Especiais. A Corregedoria deve abrir um inquérito administrativo para investigar as denúncias contra os delegados.
Os três advogados presos na Operação Overlord devem ser transferidos hoje da Cadeia Pública de Rondonópolis, mas desde ontem eles foram retirados das celas comuns e agora aguardam a decisão judicial em uma sala isolada. O assistente de um deles também foi retirado da carceragem pois estaria sendo ameaçado.
O presidente da Ordem dos Advogados no Brasil em Mato Grosso (OAB/MT) Francisco Faiad, disse que a institutição vai acompanhar as investigações contra os advogados e será pedido a Justiça que os mesmos respondam em liberdade.
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