Prefeitura pretende implodir o São Vito em SP
Segundo a Folha de S. Paulo, a proposta surgiu depois da gestão de Marta Suplicy quando ela anunciou reformar o local, conhecido como "treme-treme" e de a prefeitura pagar, desde junho de 2004, uma bolsa-aluguel de R$ 300 mensais às 360 famílias que deixaram o prédio, um dos maiores símbolos da decadência da área central.
De acordo com a Cohab, 80% das 360 famílias apresentaram documentação para receber carta de crédito e adquirir outro imóvel. A prefeitura não tem levantamento, no entanto, de quantos já estão com casa assegurada. Todos recebem bolsa-aluguel da prefeitura desde que saíram do São Vito -o valor chega a R$ 300 mensais.
Para o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, a solução seria demolir o prédio. De acordo com ele, a degradação do edifício fez a prefeitura pretender enterrar o projeto de recuperação gestado no governo Marta. "Não tem como revitalizar e daqui a seis anos estar igual", disse o secretário, que classificou a recuperação como "improvável".
Matarazzo afirmou que no lugar do São Vito a prefeitura pode instalar uma garagem ou implantar outro equipamento urbano. O custo de recuperação do São Vito é de R$ 18 milhões, na gestão Marta, foi avaliado em R$ 8 milhões.
Os técnicos da Cohab devem entregar mais um estudo de viabilidade em um prazo de 30 a 40 dias. Não há outro uso exceto o habitacional, segundo ele. A prefeitura descartou, após pesquisa na região central, implantar um hotel ou uma repartição municipal, duas hipóteses aventadas na gestão José Serra.
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