Defesa Civil vistoria bairros em áreas de riscos em Cuiabá
Conforme dados da Defesa Civil de Cuiabá, perto de 3.500 famílias continuam vivendo em áreas de risco. “As famílias estão sendo retiradas, mas muitas não querem deixar a convivência na comunidade”, adiantou Oscar Amelito. Segundo ele, além da remoção a Prefeitura atua integrando as famílias nas novas comunidades.
Do Parque Geórgia, segundo o coordenador de Defesa Civil, foram deslocadas 73 famílias para o Residencial Sucuri, por conta da fortes chuvas do início do ano. Na Rua Cabrália, a equipe plantonista na função de Secretário do Dia de sábado passado (07), constatou famílias que ainda vivem em áreas de risco. Um exemplo é a dona-de-casa, Adelina Rodrigues da Silva, que reside no bairro há nove anos com seu esposo e um filho. Adelina mota numa casa de madeira em péssimas condições ambientais."Já estou muito acostumada com o bairro, não sei se daria certo morar em outro local, onde não conheço ninguém”, afirmou.
Residencial Sucuri - Na Rua B, quadra dois, reside o pedreiro Márcio Rosário da Silva, com esposa e filho. Márcio Rosário é o chefe de uma família. Ele tem mulher e um filho e morava no Parque Geórgia. Foi removido pela Prefeitura para o Residencial Sucuri. "Onde eu morava era perigoso. Aqui no residencial vivo bem melhor com minha família, sem medo das chuvas e ventanias", afirmou o pedreiro.
“Com a enchente eu perdi tudo. Aqui eu vivo em melhores condições de saúde, meus filhos sempre viviam doentes, porque onde eu morava tinha muitos mosquitos da dengue. Hoje eles vivem tranqüilos e sadios”, relatou a estudante, Francieli Renata Avelar, 18, que também residia no bairro Parque Geórgia e agora está no Residencial Sucuri.
A equipe visitou os bairros Parque Geórgia, Cohab São Gonçalo, São Gonçalo III e Getúlio Vargas. Quase todos estão em áreas de risco. Desses bairros a Prefeitura removeu famílias e a equipe plantonista encontrou casas em construção, entulhos, pneus e garrafas. Oscar Amelito destacou que a população está trabalhando em conjunto com a Prefeitura. Um exemplo é o pescador Orlando Pereira Dias, que disse vigiar os moradores que jogam lixo no terreno em frente a sua casa. “O presidente do bairro cercou a área e quando eu vejo alguém jogando lixo chamo a atenção. Assim conseguimos manter o local limpo”. Equipes da campanha Cuva Sim! Pesadelo Não! vão atuar com mais ênfase nestes bairros para evitar problemas no período chuvoso.
Comentários