Transportadoras param trânsito na Bolívia e ameaçam greve
O bloqueio em La Paz impediu que o presidente Evo Morales participasse de um encontro continental de dirigentes indígenas que estava sendo realizado numa instalação militar, a cerca de 5 km do palácio do governo, afirmou a agência estatal de notícias ABI.
Os protestos das transportadoras têm como objetivo anular o recém-aprovado plano de legalização de veículos importados sem autorização. As empresas também querem a manutenção da subvenção estatal dos combustíveis.
"É um protesto pela sobrevivência do transporte rodoviário, não tem fins políticos", disse a repórteres o líder do sindicato, José Luis Cardozo, apesar do fato de uma das exigências do setor seja o fim da suposta "ditadura" governista na Assembléia Constituinte.
A exigência política das transportadoras coincide com a posição da aliança direitista Podemos, de oposição, que tenta bloquear as propostas do governo na Constituinte, que está reunida há dois meses.
Cardozo anunciou que, se o governo não anular o plano de regularização dos veículos importados ilegalmente, as transportadoras entrarão em greve na quarta-feira.
O protesto que paralisou boa parte de La Paz, porém, era contra uma reorganização do tráfego determinada pelo governo municipal. O prefeito de La Paz, Juan del Granado, afirmou que a medida, que está em vigor desde a semana passada, "pode ser melhorada, mas não suspensa, porque faz parte de um plano global de revitalização" da cidade.
O prefeito acrescentou que o governo municipal deu início à execução de cerca de 20 projetos de modernização do centro de La Paz, com o investimento de mais de 30 milhões de dólares, num empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
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