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Internacional
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 14:18

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O presidente americano, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que o teste nuclear anunciado pela Coréia do Norte é um ato de "provocação".

"Mais uma vez, a Coréia do Norte desafiou a vontade da comunidade internacional, e a comunidade internacional vai responder", afirmou Bush, em seu primeiro pronunciamento após o anúncio norte-coreano.

Bush disse que o teste coreano "constitui uma ameaça à paz e à segurança internacional". Ele disse que falou por telefone com líderes da China, Japão, Rússia e Coréia do Sul e que todos reafirmaram o compromisso com uma península Coreana livre de armas nucleares.

"O regime da Coréia do Norte continua sendo um dos que mais prolifera tecnologia balística, incluindo transferências para o Irã e para a Síria", disse Bush. Para ele, o desenvolvimento de tecnologia nuclear não ajudará o povo "oprimido e pobre", que merece um futuro melhor.

Bush disse que o governo americano ainda está tentando confirmar se a Coréia do Norte de fato conduziu os testes.

Segundo o presidente, os países devem responder imediatamente por meio do Conselho de Segurança da ONU. Os integrantes do Conselho estão reunidos nesta segunda-feira em Nova York.

O embaixador americano nas Nações Unidas, John Bolton, que participa do encontro, disse à imprensa que ninguém na reunião do Conselho defendeu a Coréia do Norte, e que a condenação aos testes foi unânime. Ele disse que o Conselho examina um esboço de resolução preparado pelos Estados Unidos.

Mais uma vez, a Coréia do Norte desafiou a vontade da comunidade internacional, e a comunidade internacional vai responder

George W. Bush, presidente americano

Brasil e o mundo

O governo brasileiro divulgou nota condenando "veementemente" o teste nuclear coreano. No comunicado, o Itamaraty pede que a Coréia do Norte reintegre-se "sem condições e como país não nuclearmente armado ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares".

Os testes nucleares conduzidos pela Coréia do Norte nesta segunda-feira provocaram várias reações negativas na comunidade internacional.

A China, tradicional aliada norte-coreana, não poupou Pyongyang de críticas. “A República Democrática da Coréia do Norte ignorou a oposição generalizada da opinião internacional e conduziu um teste nuclear em 9 de outubro”, diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

“O governo chinês se opõe firmemente a isso. O governo chinês exige que a Coréia do Norte abra mão de seu programa nuclear e suspenda qualquer ação que possa agravar ainda mais a situação”, afirma.

“Estou ciente da declaração da Coréia do Norte sobre a realização de um teste nuclear”, disse o premiê japonês, Shinzo Abe. “O Japão está em contato com os Estados Unidos e com a China para troca de informações de inteligência... e discutirei com a Coréia do Sul como será nossa resposta”, afirmou.

A Coréia do Sul disse que responderá com firmeza à ação norte-coreana.

"Nossa força militar, baseada na aliança sul-coreana e americana, está pronta para qualquer provocação da Coréia do Norte", disse o porta-voz do governo Yoon Tae-Young.

"Nosso governo vai lidar com firmeza, de acordo com o princípio de que não vai tolerar que a Coréia do Norte possua armas nucleares...O comportamento da Coréia do Norte é uma grave ameaça à paz e estabilidade, não apenas na península coreana como também no nordeste da Ásia", disse ele.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse que o primeiro teste nuclear norte-coreano seria "um ato completamente irresponsável".





Fonte: BBC Brasil

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