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Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 13:56

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O desmatamento continua sendo um grave problema ambiental para Mato Grosso. Dados do boletim “Transparência Florestal” indicam que mais 106 quilômetros de florestas foram derrubadas no Estado. O levantamento se refere ao mês de agosto e é preocupante sob todos os aspectos, já que corresponde ao primeiro mês do calendário anual de desmatamento: outubro e novembro são os meses mais críticos. De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento, a grande maioria desse desmatamento, em torno de 89% ocorreu em propriedades rurais. Houve uma queda de 63% em relação aos desmatamentos ocorridos em agosto de 2005 e agosto de 2004.

Nas propriedade rurais, 63% do desmatamento ocorreu nas propriedades não cadastradas no Sistema de Licenciamento Ambiental, o SLAPR. O relatório da “Transparência Florestal” alerta que em agosto 2006, cerca de 18% do total dos desmatamento ocorreram em reserva legal das propriedades cadastradas no SLAPR. “A Sema deve avaliar esse fato, pois o Código Florestal proíbe desmatamento nessas áreas” – frisa o documento.

Ainda de acordo com o boletim, nos assentamentos de reforma agrária, o desmatamento atingiu 9% e 2% ocorreram nas áreas protegidas. “A situação do desmatamento ilegal em Áreas Protegidas foi mais crítica na Terra Indígena Kayabi” – diz o relatório, assinado por Carlos Souza Jr. e Adalberto Veríssimo, do Instituo do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), e Laurent Micol e Sérgio Guimarães, do Instituto Centro de Vida (ICV). O percentual desmatado em áreas protegidas representa 230 hectares.

Nas Unidades de Conservação houve um pequeno desmatamento, na faixa de 22 hectares, no Parque Nacional do Juruena. Esse desmatamento parece ser a extensão de um desmatamento já detectado pelo Prodes e pela Sema. Uma boa notícia – ressalta o relatório: “Não foi detectado desmatamento no Parque Estadual do Cristalinho II, a Unidade de Conservação mais desmatada nos últimos dois anos”.

“Transparência Ambiental” assinala que a maioria dos dez municípios (60%) que mais desmataram em agosto de 2006 está situada na região do Extremo Norte de Mato Grosso. São eles: Alta Floresta, Apiacás, Nova Bandeirantes, Paranaíta, Peixoto de Azevedo e Marcelândia.

Dois municípios -Nova Mutum e Nova Maringá - ficam na região Centro- Norte e outros dois, Aripuanã e Colniza, no Noreste. Aripuanã, Colniza, Nova Bandeirantes, Marcelândia e Peixoto de Azevedo também estavam na lista dos dez municípios que mais desmataram em 2005 - o que mostra que há uma concentração do desmatamento nesse último período. “A fiscalização e o combate ao desmatamento devem concentrar esforços nesses municípios nos próximos meses – sugerem.





Fonte: 24HorasNews

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