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Internacional
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 09:30

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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, concordaram hoje em adotar "ações decisivas" no Conselho de Segurança da ONU em resposta ao teste nuclear da Coréia do Norte.

Em uma conversa telefônica entre os dois governantes e citada pela agência de notícias "Kyodo", Bush e Abe coincidiram em qualificar o teste atômico como "inaceitável" e "grave desafio ao regime de não-proliferação" nuclear. Fontes do Governo japonês citadas pela "Kyodo" indicaram que os dois dirigentes compartilharam o ponto de vista de que os passos da Coréia do Norte representam uma "séria ameaça" à paz e à comunidade internacional.

A conversa ocorreu horas antes de o Conselho de Segurança da ONU fazer uma reunião de emergência em Nova York para analisar o passo dado pela Coréia do Norte, que hoje se tornou uma potência nuclear ao detonar uma das armas atômicas em um lugar do nordeste do país.

Pyongyang anunciou em 10 de fevereiro de 2005 que já tinha armas nucleares e em 3 de outubro indicou que estava pronta para realizar o teste de uma delas.

Segundo diversos membros do Governo japonês, o Japão e os EUA devem apresentar uma minuta de resolução ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Nesse projeto de resolução, se recorrerá ao Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas para invocar a imposição de sanções contra Pyongyang. As sanções poderão ser do tipo econômico, mas também não exclui o polêmico capítulo das opções militares.

No entanto, embora a China e a Rússia sejam muito categóricas na hora de condenar a ação norte-coreana, não é de se esperar um apoio destes países-membros permanentes do Conselho de Segurança ao tipo de castigos contra a Coréia do Norte.

Em julho, quando o Conselho de Segurança aprovou uma resolução de condenação da Coréia do Norte após o lançamento de sete mísseis balísticos, teve que excluir o polêmico capítulo diante da oposição da China e da Rússia, últimos aliados de Pyongyang.

Antes de voltar a Tóquio, vindo de Seul, onde se reuniu com o presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, o primeiro-ministro japonês adiantou que o Governo japonês, além das pressões internacionais, "provavelmente tomará suas próprias medidas severas em breve", embora não

tenha dito quais seriam estas. Abe disse que instruiu o Governo "a pedir ao Conselho de Segurança da ONU que comece imediatamente as negociações para adotar medidas de firmeza em relação ao teste nuclear norte-coreano".

Segundo Abe, "o Japão trabalhará com a sociedade internacional e as nações afetadas para que a ONU adote uma resolução que inclua medidas muito fortes contra a Coréia do Norte, no menor prazo possível".

Abe insistiu em que tanto o Japão como a comunidade internacional devem mostrar com clareza à Coréia do Norte que um teste nuclear é um caminho errôneo.

"Acho que a comunidade internacional precisa tomar medidas estritas a fim de que a Coréia do Norte se dê conta de que estará em uma situação mais difícil se seguir por este caminho", disse.





Fonte: AFP

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