Saddam Hussein volta a julgamento

O processo de Saddam Hussein, acusado de genocídio contra povos curdos, foi retomado nesta segunda-feira em Bagdá na presença do presidente iraquiano destituído e dos outros seis acusados no caso, indicaram os jornalistas no lugar. Este julgamento, que está sendo realizado na zona fortificada da capital iraquiana onde ficam os ministérios e a embaixada dos Estados Unidos, havia sido adiado em 26 de setembro, quando Saddam Hussein foi expulso pela terceira vez em uma semana.

O ex-presidente iraquiano e Hassan al Mayid, apelidado de "Ali, o químico" por seu papel nos bombardeios químicos das zonas civis, são acusados de genocídio. Além disso, eles dois e outros cinco acusados são acusados de crime de guerra e crime contra a humanidade em comunidades curdas pelas campanhas militares de Anfal, em 1987-1988, que deixaram mais de 180.000 mortos no Curdistão, segundo a promotoria. Se forem considerados culpados, os setes réus podem se condenados a prisão perpétua.

Os advogados da defesa boicotam o processo para protestar contra a nomeação do novo juiz, segundo eles devido a uma intervenção do governo.