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Internacional
Segunda - 09 de Outubro de 2006 às 07:19

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O Tribunal Penal Supremo iraquiano retomou hoje o julgamento contra o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein e seis de seus assessores, sem a presença de toda a equipe de defesa, que boicota o julgamento.

Os sete ex-responsáveis enfrentam o julgamento pelas acusações de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade e contra o povo curdo no norte do Iraque.

O presidente do tribunal, Mohammed Oreibi Khalifa, começou o interrogatório de uma testemunha curda que se encontrava escondida atrás de uma cortina.

A equipe de defesa boicota o processo há três sessões, em protesto pela "a intromissão do Governo" no julgamento após a destituição do juiz anterior, no mês passado, depois que ele afirmou que Saddam "não era um ditador".

Saddam Hussein e seus assessores são julgados neste processo pelos massacres cometidos entre 1987 e 1988 na operação "Al Anfal" contra as regiões curdas do nordeste do país.

Entre os seis ex-altos funcionários iraquianos julgados com Saddam figura Ali Hassan al-Majid, conhecido como "Ali, o químico", primo do ex-ditador e responsável pela região norte do Iraque durante a campanha "Al Anfal".

Segundo números divulgados pelo Procurador-geral do Tribunal Penal Supremo, mais de 180 mil curdos foram assassinados ou desapareceram durante a "Al Anfal", que coincidiu com os últimos dois anos da guerra entre Irã e Iraque (1980-1988).




Fonte: Agência EFE

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