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Sobrevivente de massacre na Venezuela diz que soldado ordenou matá-lo
O único sobrevivente de um massacre praticado em setembro passado por uma tropa do Exército venezuelano, no qual seis mineiros morreram, entre eles dois brasileiros, afirmou em uma entrevista ao jornal Últimas Notícias, publicada neste domingo, que um soldado ordenou a outro que o matasse.
"''Atira, atira nesse, mate-o, pois ainda está vivo!'', gritou um soldado ao que me alvejou antes, então senti um segundo tiro nas costas e assim fiquei quieto para que acreditassem que estava morto, nem sequer respirava", disse Manuel Felipe Lizardi, o garimpeiro sobrevivente.
Quatorze militares estão detidos e são investigados pelo massacre acontecido na manhã de 22 de setembro em um garimpo próximo do povoado La Paragua (550 km a sudeste de Caracas), no estado de Bolívar, em uma região da selva, na fronteira com o Brasil e Guiana.
A chancelaria brasileira, em nota oficial, pediu à Venezuela esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte dos dois mineiros brasileiros em seu território.
Militares de um batalhão de Operações Especiais interceptaram os mineiros, quando estes extraíam diamantes de um rio, o que é proibido nessa região de proteção ambiental.
"Quando o helicóptero começou, saímos da água e subimos para esperar os militares. Chegaram e nos ordenaram deitar no chão. Todos os soldados tinham a cara pintada e nos disseram para ficarmos quietos, com a mão na cabeça", disse a testemunha.
Meia hora depois, segundo Lizardi, eles foram ordenados a caminhar e sair do caminho, seguindo para um monte. "Nos ordenaram ficar de joelhos, logo começaram a disparar e senti o primeiro tiro e cai no chão, e continuava escutando os tiros".
Quatro dos seis mineiros morreram por tiros nas costas, mas não houve enfrentamento, disse Lizardi. "Nós não tínhamos armas, além disso, para qualquer um seria uma loucura enfrentar os militares, que estavam bem armados", assinalou o sobrevivente.
Duas escopetas e cartuchos usados foram encontrados longe do local onde estavam os mineiros, mas não há registros de soldado ferido.
O ministro do Interior e Justiça, Jesse Chacón, afirmou que os mineiros não atiraram, mas não descartou um enfrentamento com os vigilantes.
Em uma segunda tentativa de retirar mineiros desta região, no povoado de Maripa (450 km a sudeste), onde a mineração foi declarada ilegal por razões ambientais, outro grupo de 18 militares evacuou violentamente vários garimpeiros. Na fuga, quatro pessoas morreram no naufrágio do precário barco em que estavam.
Nas duas operações, na qual estavam envolvidos 32 militares, morreram 10 garimpeiros.
"''Atira, atira nesse, mate-o, pois ainda está vivo!'', gritou um soldado ao que me alvejou antes, então senti um segundo tiro nas costas e assim fiquei quieto para que acreditassem que estava morto, nem sequer respirava", disse Manuel Felipe Lizardi, o garimpeiro sobrevivente.
Quatorze militares estão detidos e são investigados pelo massacre acontecido na manhã de 22 de setembro em um garimpo próximo do povoado La Paragua (550 km a sudeste de Caracas), no estado de Bolívar, em uma região da selva, na fronteira com o Brasil e Guiana.
A chancelaria brasileira, em nota oficial, pediu à Venezuela esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte dos dois mineiros brasileiros em seu território.
Militares de um batalhão de Operações Especiais interceptaram os mineiros, quando estes extraíam diamantes de um rio, o que é proibido nessa região de proteção ambiental.
"Quando o helicóptero começou, saímos da água e subimos para esperar os militares. Chegaram e nos ordenaram deitar no chão. Todos os soldados tinham a cara pintada e nos disseram para ficarmos quietos, com a mão na cabeça", disse a testemunha.
Meia hora depois, segundo Lizardi, eles foram ordenados a caminhar e sair do caminho, seguindo para um monte. "Nos ordenaram ficar de joelhos, logo começaram a disparar e senti o primeiro tiro e cai no chão, e continuava escutando os tiros".
Quatro dos seis mineiros morreram por tiros nas costas, mas não houve enfrentamento, disse Lizardi. "Nós não tínhamos armas, além disso, para qualquer um seria uma loucura enfrentar os militares, que estavam bem armados", assinalou o sobrevivente.
Duas escopetas e cartuchos usados foram encontrados longe do local onde estavam os mineiros, mas não há registros de soldado ferido.
O ministro do Interior e Justiça, Jesse Chacón, afirmou que os mineiros não atiraram, mas não descartou um enfrentamento com os vigilantes.
Em uma segunda tentativa de retirar mineiros desta região, no povoado de Maripa (450 km a sudeste), onde a mineração foi declarada ilegal por razões ambientais, outro grupo de 18 militares evacuou violentamente vários garimpeiros. Na fuga, quatro pessoas morreram no naufrágio do precário barco em que estavam.
Nas duas operações, na qual estavam envolvidos 32 militares, morreram 10 garimpeiros.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/269974/visualizar/
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