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Internacional
Domingo - 08 de Outubro de 2006 às 20:26

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Uma organização supostamente filiada à rede terrorista Al Qaeda assumiu a autoria de um incêndio registrado hoje num cibercafé da Faixa de Gaza, justificando o ato como um castigo pelo comportamento imoral do seu proprietário.

O grupo Espadas Islâmicas da Justiça ameaçou "castigar" os que não se comportarem devidamente durante o mês sagrado do Ramadã, segundo um comunicado divulgado hoje em Gaza e publicado pela edição eletrônica do jornal israelense "Yedioth Ahronoth".

Na manhã deste domingo, milicianos da organização vinculada à Al Qaeda dispararam contra o cibercafé, localizado em Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, e o incendiaram. A organização também assumiu a autoria do assassinato, há três semanas, de um alto agente da inteligência palestina e de quatro oficiais que faziam sua segurança.

Na nota divulgada hoje, a organização afirma que o incêndio do café faz parte de "uma série de ações destinadas a combater a corrupção e os corruptos".

"Durante o mês sagrado do Ramadã, nossos lutadores começaram a operar na Terra Santa e no começo da manhã colocaram uma bomba de dez quilos junto à cafeteria", diz o comunicado.

A nota do acrescenta que o estabelecimento "estava montado na corrupção e permitia atividades imorais que aumentaram nos últimos dias": "Os combatentes da jihad (guerra santa) detonaram a bomba como um recado a todas as pessoas corruptas".

Segundo os milicianos, o proprietário do café foi advertido anteriormente de que seu negócio "servia como centro de atividades imorais" e que devia tomar uma atitude antes que fosse muito tarde.

O grupo afirmou também que "suas espadas não terão piedade" com aquelas pessoas cujo comportamento for considerado pouco ético.

Na semana passada, um vídeo divulgado pela organização mostrou membros do grupo que assumiram a responsabilidade pelo assassinato do coronel Jed Tayya, um destacado oficial da inteligência palestina, que morreu junto com outros quatro oficiais que faziam sua segurança.

Na gravação, o militar foi acusado de ser um agente dos serviços secretos israelenses no exterior (Mossad) e de trabalhar para a CIA (agência central de inteligência americana), repassando informação sobre a situação dos palestinos que lutam na guerra santa.

A organização prometeu continuar atacando pessoas que trabalham nos diferentes órgãos da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e que forem considerados supostos colaboradores.

Além dos dois anúncios, vários panfletos foram divulgados recentemente pela Al Qaeda e por grupos filiados ao grupo na Faixa de Gaza, entre os quais, o Exército Mujahideen Islâmico, que assumiu a autoria de ataques contra alvos israelenses e palestinos, e do Exército Islâmico.

Este último grupo é um dos três que assumiram a autoria do seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, em 25 de junho, capturado provavelmente em Gaza e cuja libertação deverá ser tratada nos próximos dias pelas autoridades israelenses e palestinas.





Fonte: EFE

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