Juiz é solto; e defesa quer liberação de 4 delegados

O juiz aposentado Pedro Pereira Campos Filho, preso durante a operação Overlord, em Rondonópolis, por posse ilegal de arma, foi solto ainda na sexta-feira após pagamento de fiança. Ele é acusado de fazer parte do esquema de benefício a traficantes.

Os delegados e policiais civis, transferidos para Cuiabá, estão detidos na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil. O advogado do Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepol), Ricardo Monteiro, afirmou que entra amanhã com pedido de habeas corpus, no Tribunal de Justiça (TJ), para os 4 delegados presos durante a operação.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Mato Grosso, Francisco Faiad afirmou que na segunda-feira também entra com pedido de revogação da prisão dos 4 advogados. A OAB também pede a transferência deles para o anexo do Pascoal Ramos, em Cuiabá, conhecido como "Polinter".

Além de ingressar com HC, Ricardo Monteiro afirma que que vai entrar com representação contra o delegado Alexsandro Biegas e uma emissora de televisão de Cuiabá que acompanhou toda a operação, desde o início, em Rondonópolis. Ricardo afirma que a PF está cometendo crime ao beneficiar um determinado veículo de comunicação, em detrimento de outros.

"Vamos representar o delegado pela exposição das pessoas. Eles levaram uma equipe de televisão de Cuiabá para acompanhar a operação. Eles estão condenando as pessoas antes da apuração dos fatos. O que, mais uma vez, constrange a todos, é a exposição das pessoas", destacou o advogado.

Ricardo Monteiro ainda enfatizou que o inquérito está sob segredo de justiça. "É abuso de autoridade expor os cidadãos. Se a PF não respeita a Constituição, vamos fazer que o Judiciário faça ela respeitar". O advogado afirma ter certeza de que o TJ vai revogar as prisões, ainda na segunda-feira. "Eu entendo que elas são arbitrárias".