Membro da Câmara dos lordes pode renunciar
Evans disse que o comitê não foi informado dos 14 milhões de libras (US$ 34 milhões) emprestados aos trabalhistas por doze homens de negócios próximos ao partido, alguns dos quais foi oferecido supostamente a entrada na Câmara dos lordes. "Nenhum desses créditos foi discutido em nosso comitê. Evidentemente foi seguida outra via", afirmou Evans.
O anúncio da renúncia de Evans acontece enquanto a Scotland Yard (Polícia metropolitana) estuda a possibilidade de interrogar o próprio líder trabalhista e primeiro-ministro, Tony Blair, em torno de seu papel na concessão desses créditos. O comitê trabalhista de arrecadação de fundos foi criado precisamente para velar pelo cumprimento da lei de financiamento do partido, e Evans considera, segundo o Sunday Times, que os que negociaram esses créditos sem o seu conhecimento destruíram seu trabalho.
Antes das últimas eleições gerais de abril de 2005, nas quais os trabalhistas conseguiram seu terceiro triunfo consecutivo nas urnas, o primeiro-ministro e seu principal arrecadador de fundos, lorde Levy, negociaram em segredo esses créditos com ricos empresários sem informar ao comitê. Uma importante fonte trabalhista disse ao Sunday Times que "Blair criou um comitê transparente e depois o deixou de lado. Foi um proceder muito cínico".
Segundo o jornal, Evans está muito abalado pelo fato de que o comitê do qual faz parte tenha sido uma espécie de "cortina de fumaça" destinada a criar a impressão de transparência quando na realidade se estavam arrecadando fundos sem seu conhecimento.
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