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Internacional
Sábado - 07 de Outubro de 2006 às 18:15

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Autoridades de Madagascar fecharam neste sábado o aeroporto da cidade de Toamasina, no leste do país, para evitar o retorno de um líder oposicionista exilado, informou um funcionário do partido.

Esperava-se que o ex-vice-premiê Pierrot Rajaonarivelo, que se prepara para concorrer nas eleições presidenciais de Madagascar em dezembro, pousasse no aeroporto no sábado, apesar das ameaças de que seria preso.

"O aeroporto está fechado até 7 de janeiro de 2007. Foi o (presidente Marc) Ravalomanana quem deu as ordens", disse Adolphe Ramasy, senador da região, enquanto se dispersava uma multidão de seguidores convocada para receber Rajaonarivelo.

A polícia com armas, máscaras de gás e escudos lançou gás lacrimogêneo para controlar as centenas de partidários da oposição que se reuniram para saudar Rajaonarivelo.

Analistas políticos dizem que Rajaonarivelo é o maior desafio para o presidente Ravalomanana.

O partido do opositor, Arema, dominou a cena política de Madagascar durante grande parte dos 30 anos anteriores à sua derrota em 2002. A partir daquele ano, Rajaonarivelo viveu em Paris. Ele foi condenado em agosto a 15 anos de trabalhos forçados por desvio de fundos públicos e perdeu o direito de ocupar cargos. Ele garante, no entanto, que a sentença tem motivação política e foi decidida sob pressão do governo.

Rajaonarivelo é dos pelo menos 15 candidatos opositores que disseram que concorrerão às eleições presidenciais e que deve se inscrever antes de 14 de outubro.

Madagascar, a quarta maior ilha do mundo, é um dos países mais pobres, apesar da riqueza dos seus recursos naturais e da localização estratégica na costa do continente africano.





Fonte: Reuters

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