Em assembléia, servidores fixam objetivos para o próximo governo
"Nos últimos quatro anos, houve ganhos salariais, mas foram insuficientes para repor as perdas históricas que os servidores acumulam nos últimos 12 anos", disse o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público (Condsef), Josemilton Maurício da Costa. "Houve pequenos avanços, mas ficou a desejar a política do governo para os servidores públicos federais.
No encontro, a entidade firmou posição neutra sobre a votação do segundo turno para a Presidência da República. E ressalta a importãncia de os servidores, antes de votar, analisarem as propostas dos dois candidatos.
"Se há um segundo turno, é justamente porque questões urgentes da Nação não foram resolvidas ao longo do primeiro mandato de Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]. São questões que será preciso resolver, independentemente de quem for o presidente a partir de janeiro", diz a proposta aprovada na .
O documento também fixa os objetivos dos trabalhadores. Dentre eles, estão a recomposição salarial dos servidores; garantias legais de que os resultados de negociações feitas com o governo sejam encaminhados ao Congresso Nacional; a aprovação das diretrizes de planos de carreiras.
Eles também pedem, entre outras, a aplicação de "uma política séria de reforma agrária";a reestatização da Companhia vale do Rio Doce; a não realização de nenhuma privatização ou semi-privatização; o não pagamento, pelo governo, de suas dívidas e a constituição imediata de auditoria para examiná-las; e a ruptura com a "ditadura do superávit primário".
De acordo com o secretário, a Condsef continuará fazendo reuniões até o final do ano para discutir os interesses dos servidores, que devem fazer uma greve geral em fevereiro de 2007.
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