Paraenses homenageiam padroeira em procissão fluvial

Mais de 100 embarcações participam, na manhã de hoje, de uma romaria fluvial nas águas da baía do Guajará, no Pará, em homenagem à padroeira dos paraenses. É a terceira romaria nazarena do calendário das 11 que compõem o 214º Círio de Nazaré.

O Círio Fluvial saiu do porto do distrito de Icoaraci, até o porto da capital. De lá seguirá em outra procissão, de motoqueiros, até um colégio tradicional de Belém. O Círio de Nazaré é considerado uma das maiores manifestações religiosas do mundo.

O Círio Fluvial, como a procissão é denominada, começou por volta das 9h deste sábado. Antes de seguir pelas águas da baía do Guajará, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré participou da Romaria Rodoviária, que a levou da Igreja Matriz do distrito de Ananinduea, na região metropolitana, até o cais do porto de Icoaraci.

Participam do 21º Círio Fluvial, pequenas e grandes embarcações. Para participar, os donos dessas embarcarções deviam fazer cadastro na Capitania dos Portos, até a sexta-feira que antecedeu a romaria. Segundo o chefe de segurança do tráfego aquaviário da Capitania dos Portos, Comandante Fernando Câmara, o cadastro é para garantir a segurança dos passageiros. "Essas embarcações cadastradas são verificadas, principalmente com relação à equipamentos de segurança", explicou.

Este ano a Capitania dos Portos proibiu a utilização de fogos de artifícios durante as homenagens do Círio Fluvial. "Os fogos são considerados carga de risco e para transportá-los é preciso uma série de especificações que, principalmente as pequenas embarcações não teriam condições de atender", justifica.

A proibição também se deve ao fato que as embarcações estão sempre enfeitadas com toldos plásticos e materiais de fácil combustão, que seriam um risco, no caso de faíscas desses fogos.

Durante toda a procissão, essas embarcações estão sendo ancompanhadas por três lanchas da Capitania dos Portos e cerca de 200 homens. As lanchas são equipadas, inclusive com médicos e enfermeiros. As embarcações também participam de um concurso que vai escolher as que estão melhores ornamentadas.

Depois da chegada, no porto da capital, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré será conduzida pela procissão dos motoqueiros, que segue pelas principais avenidas da capital até o Colégio Gentil Bittencourt, um dos mais tradicionais da capital. A imagem fica lá até as 18h, quando sai em procissão nortuna, na Trasladação.