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Internacional
Sábado - 07 de Outubro de 2006 às 14:46

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O corpo da russa Anna Politkovskaya estava dentro do elevador de um bloco de edifícios na capital Moscou, afirmou a agência.

Uma pistola e quatro balas foram encontradas perto do seu corpo, disseram fontes policiais anônimas à Interfax.

A premiada jornalista trabalhava para o jornal Novaya Gazeta, e era conhecida por denunciar os abusos de direitos humanos das tropas russas na república separatista da Chechênia.

Em 2004, no que muitos acreditam ter sido um atentado contra sua vida, Anna Politkovskaya foi envenenada enquanto se dirigia para a escola de Beslan, na Ossétia do Norte, onde mais de 1,3 mil pessoas estavam sendo mantidas reféns por rebeldes chechenos.

O cerco terminou com 331 pessoas mortas, a maioria crianças.

Dois anos antes, Anna Politkovskaya foi uma das mediadoras entre as autoridades russas e rebeldes separatistas que mantinham reféns dentro de um teatro em Moscou.

Geórgia

A noticia da morte da jornalista que cobria a Chechênia aparece no momento em que crescem as tensões entre a Rússia e a Geórgia, país que se separou da ex-União Soviética.

Na sexta-feira, o ministro georgiano do Exterior, Gela Bezhuashvili, qualificou de "forma branda de limpeza étnica" as duras medidas russas contra o pequeno país do Cáucaso.

Moscou cortou todos os laços postais e as vias de acesso com a Geórgia, realizou batidas policiais em negócios mantidos por georgianos, impôs restrições de visto e deportou 132 cidadãos da ex-república soviética.

A situação chegou ao ponto mais tenso desde que a crise começou, na esteira da prisão de quarto russos acusados de espionagem pelas autoridades georgianas, no dia 27 de setembro.

Os quatro foram deportados de volta para a Rússia, mas Moscou continua a impor uma série de medidas punitivas contra o que diz ser "o ato de terrorismo de estado e seqüestro".

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu à Organização para a Segurança e Cooperação da Europa (OSCE) que pressione a Geórgia no sentido de "mudar drasticamente" sua maneira de lidar com disputas regionais.

Desde os anos 90, os russos acusam a Geórgia de "comportamento anti-russo", procurando estreitar os laços com o Ocidente e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Já o governo georgiano acusa a Rússia de insuflar movimentos separatistas em duas regiões georgianas problemáticas, Abkhazia e Ossétia do Sul.





Fonte: BBC Brasil

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