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Quinta - 28 de Fevereiro de 2013 às 14:48
Por: LAÍSE LUCATELLI

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Uma comitiva da cidade de Castilho (SP) esteve na Câmara de Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (28), e propôs uma atuação conjunta contra a falta de qualidade e a cobrança abusiva dos serviços prestados pela CAB Ambiental, concessionária dos serviços de água e esgoto. 
 
Os vereadores Domingos Sávio (PMDB) e Toninho de Souza (PSD) se reuniram com o grupo e combinaram trocar informações sobre as ações que visam ao rompimento dos contratos com a concessionária. 
 
O grupo, formado pelo assessor jurídico da Prefeitura de Castilho, Leandro Casati, pelo diretor da Econg (organização não-governamental que trata da defesa do meio ambiente e do consumidor), Roberto Franco, e por um representante da agência reguladora (Arsae), Luiz Augusto, está percorrendo o Brasil, visitando os municípios onde a CAB atua, para verificar a situação em cada um deles. 
 
“Eles estão nos municiando com informações sobre as ações deles, e nós faremos o mesmo. Estamos chegando à conclusão que a CAB tem o mesmo modus operandi no Brasil inteiro. Em Castilho, a aprovação da concessão também foi no afogadilho, assim como aconteceu em Cuiabá, e a empresa está prestando um péssimo serviço em todos os lugares”, afirmou Domingos Sávio.
 
“A qualidade da água lá é imprópria para consumo e os reajustes também são abusivos. O último reajuste em Castilho foi de 19%, enquanto aqui a CAB está pedindo 15%. Além disso, há muitas ações do Ministério Público contra a empresa tramitando na Justiça de São Paulo”, completou o peemedebista.
 
O diretor da Econg, Roberto Franco, também destacou outras semelhanças. “O edital de licitação e o contrato firmado pela CAB são os mesmos em todos os lugares onde ela atua”, afirmou.
 
O vereador Toninho de Souza também criticou a postura da Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgotamento Sanitário (Amaes) em Cuiabá. 
 
“O prefeito Mauro Mendes (PSB) também é contra o reajuste, enquanto a Amaes é a favor. Isso significa que a a agência está defendendo os interesses da CAB”, afirmou. 
 
Cuiabá é referência
 
De acordo com Luiz Augusto, membro da agência reguladora do município paulista – que possui 18 mil habitantes –, a atuação do Legislativo cuiabano no que diz respeito aos serviços de água e esgoto serve de referência. 
 
Domingos Sávio entrou com quatro representações no Ministério Público contra a CAB, enquanto Toninho de Souza pediu à Prefeitura a abertura de um processo administrativo contra a presidente da Amaes, Karla Lavratti. 
 
“Por conta dessa mobilização dos vereadores Toninho e Domingos Sávio, Cuiabá é uma referência para nós. Viemos fornecer subsídios para combater a má qualidade da CAB, mas também buscar elementos que nos ajudem”, disse.
 
Luiz Augusto mencionou também que, em Castilho, a CAB começou a cortar água de consumidores que haviam pagado a conta. “A má qualidade da água e na prestação do serviço público já foi comprovada”, afirmou.
 
No total, a CAB atua em 15 municípios em todo o Brasil, sendo seis em Mato Grosso – Alta Floresta, Colíder, Pontes e Lacerda, Comodoro, Canarana e Cuiabá. 
 
Na capital, a empresa atua desde abril de 2012, após firmar contrato com o então prefeito Chico Galindo e assumiu os serviços que eram de responsabilidade da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap).
 
Outro lado
 
Por meio da assessoria de imprensa, a direção da CAB, em Cuiabá, informou ao MidiaNews que vai se posicionar ainda hoje sobre o fato.





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