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PF prende juiz e delegados cúmplices do tráfico
A Polícia Federal desencadeou ontem, em Rondonópolis, a Operação Overlord, que resultou na prisão de 25 pessoas envolvidas em uma organização criminosa que atuava na região e contava com a participação de traficantes, advogados, policiais civis e do juiz aposentado Pedro Pereira Campos Filho. O magistrado é considerado pela PF como o “alvo central” das investigações, por ser um dos líderes do esquema criminoso.
Durante a operação, que começou às 5h30, a PF cumpriu 24 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão. Entre os presos, estão quatro delegados da Polícia Civil – Anaíde Barros, Maurício Braga e Eduardo César Gomes da Silva, de Rondonópolis, e Antônio Moura Filho, de Primavera do Leste -; oito policiais civis, também de Rondonópolis; os advogados Mauro Márcio da Cunha, Marco Antônio Ribeiro, Anatalício Vilamaior e João Batista Borges; dois assessores dos advogados; e quatro traficantes. A PF também apreendeu documentos e computadores, que passarão por perícias e análises.
As investigações que levaram à prisão dos envolvidos começaram em maio de 2005, quando, segundo o delegado que coordenou os trabalhos, Alexsandro Biegas, a instituição percebeu indícios de venda de sentenças, que envolviam o juiz (aposentado recentemente), bem como adulterações de inquéritos para favorecer traficantes.
De acordo com a PF, o juiz relaxava penas e absolvia traficantes confessos, mediante negociações entre advogados e criminosos. Por outro lado, os advogados intermediavam negociações de pagamento de propinas para delegados e policiais civis, que modificavam ou deixavam de abrir inquéritos e, até mesmo, liberavam traficantes.
O delegado destacou, ainda, que as provas levantadas ao longo de um ano e cinco meses de investigação – e, principalmente, os resultados das escutas telefônicas - são contundentes e, por esse motivo, foi possível conseguir os mandados de prisão preventiva para os acusados.
As investigações estavam centradas no juiz Pedro Pereira e, no decorrer das apurações, chegou-se aos nomes dos demais envolvidos. “A organização criminosa tinha um núcleo central, que se ramificou para outros setores, com a atuação dos advogados”, explicou o delegado.
Ainda segundo a PF, as escutas telefônicas mostraram que os advogados falavam abertamente com o juiz sobre o relaxamento de penas e também com os delegados, sobre o pagamento de propinas. Em conversas gravadas, a delegada Anaíde Barros – que dirigia a Distrital e Vila Operária e seria remanejada para a Delegacia da Mulher, em Cuiabá, na semana que vem - negociava os pagamentos das propinas. Ela se referia ao dinheiro como o “meu vale cimento”, ou “1.5”, segundo Biegas.
Os acusados responderão por vários crimes: tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, corrupção passiva e ativa, prevaricação, formação de quadrilha, tráfico de influência, falso testemunho, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e extorsão, entre outros. A operação contou com 120 policiais federais.
Durante a operação, que começou às 5h30, a PF cumpriu 24 mandados de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão. Entre os presos, estão quatro delegados da Polícia Civil – Anaíde Barros, Maurício Braga e Eduardo César Gomes da Silva, de Rondonópolis, e Antônio Moura Filho, de Primavera do Leste -; oito policiais civis, também de Rondonópolis; os advogados Mauro Márcio da Cunha, Marco Antônio Ribeiro, Anatalício Vilamaior e João Batista Borges; dois assessores dos advogados; e quatro traficantes. A PF também apreendeu documentos e computadores, que passarão por perícias e análises.
As investigações que levaram à prisão dos envolvidos começaram em maio de 2005, quando, segundo o delegado que coordenou os trabalhos, Alexsandro Biegas, a instituição percebeu indícios de venda de sentenças, que envolviam o juiz (aposentado recentemente), bem como adulterações de inquéritos para favorecer traficantes.
De acordo com a PF, o juiz relaxava penas e absolvia traficantes confessos, mediante negociações entre advogados e criminosos. Por outro lado, os advogados intermediavam negociações de pagamento de propinas para delegados e policiais civis, que modificavam ou deixavam de abrir inquéritos e, até mesmo, liberavam traficantes.
O delegado destacou, ainda, que as provas levantadas ao longo de um ano e cinco meses de investigação – e, principalmente, os resultados das escutas telefônicas - são contundentes e, por esse motivo, foi possível conseguir os mandados de prisão preventiva para os acusados.
As investigações estavam centradas no juiz Pedro Pereira e, no decorrer das apurações, chegou-se aos nomes dos demais envolvidos. “A organização criminosa tinha um núcleo central, que se ramificou para outros setores, com a atuação dos advogados”, explicou o delegado.
Ainda segundo a PF, as escutas telefônicas mostraram que os advogados falavam abertamente com o juiz sobre o relaxamento de penas e também com os delegados, sobre o pagamento de propinas. Em conversas gravadas, a delegada Anaíde Barros – que dirigia a Distrital e Vila Operária e seria remanejada para a Delegacia da Mulher, em Cuiabá, na semana que vem - negociava os pagamentos das propinas. Ela se referia ao dinheiro como o “meu vale cimento”, ou “1.5”, segundo Biegas.
Os acusados responderão por vários crimes: tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, corrupção passiva e ativa, prevaricação, formação de quadrilha, tráfico de influência, falso testemunho, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e extorsão, entre outros. A operação contou com 120 policiais federais.
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Da Reportagem
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