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Nacional
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 15:10

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Um dos assuntos discutidos hoje (6), na 23ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNI) , foi a situação de 33 ex-colônias de portadores de hanseníase, nas quais a maioria dos moradores é idosa.

A coordenadora-geral da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Izabel Maior, fez, na reunião, um relato sobre a situação dos idosos nesses locais, a fim de que o conselho proponha ações que garantam os direitos dessas pessoas.

De acordo com Izabel, há 90 dias foi criado um grupo interministerial para fazer um diagnóstico de como vivem essas pessoas. "Durante um período, especialmente do governo do presidente Getúlio Vargas, não só no Brasil, mas no mundo, era uma prática compulsória segregar pessoas com hanseníase, para que a doença não se espalhasse. A doença não tinha cura na época", disse ela.

"Essas ex-colônias, na verdade, são cidades. E tudo tem nessas cidades: igrejas, cemitério, escola e os locais onde eles moram", afirmou Izabel Maior. Segundo ela, muitas pessoas perderam seus vínculos familiares, e a vida inteira, apesar de ter terminado essa política de isolamento compulsório, porque a hanseníase é uma doença tratável e curável, mantiveram como único vínculo o fato de morarem nesse lugar.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a maioria das pessoas que vive nas ex-colônias é idosa. "Cerca de 90% têm acima de 60 anos de idade, e o que nós queremos é que o Conselho do Idoso tome conhecimento dessa realidade e possa, então, cuidar para que as políticas de atenção à pessoa idosa alcancem aqueles que estão dentro das ex-colônias, essa é a proposta", ressaltou Izabel Maior.





Fonte: Agência Brasil

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