Esquema de certificação de biocombustíveis pode afastar pequenos produtores
A forma como estão estruturados os esquemas de certificação para biocombustíveis dificulta a participação de pequenos produtores de nações em desenvolvimento no mercado exportador, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado nesta terça-feira.
O relatório Biocombustíveis e o Desafio da Sustentabilidade indica que os esquemas atuais de certificação podem excluir produtores de pequena escala, porque o tipo de documentação exigida é concebido pensando em grandes agroindústrias. Muitos esquemas de certificação exigem muitos dados ou informações específicas, o que representa custos elevados para o pequeno produtor. A FAO também alerta para o fato de que algumas dessas condições podem ser usadas como barreiras comerciais, reduzindo o acesso ao mercado.
Além disso, grandes empresas mantêm registros financeiros necessários para auditorias, enquanto pequenos produtores podem não ter documentadas informações como rendimentos e uso de fertilizantes e outros insumos, que são necessárias para calcular estimativas de emissões de gás de efeito estufa, acrescenta o relatório.
"Para disseminar a adoção da certificação, governos e organizações internacionais de países consumidores e produtores devem estabelecer um mecanismo complementar para criar um ambiente favorável", diz o documento. Segundo a FAO, tais mecanismos poderiam incluir incentivos e benefícios fiscais e subvenções a startups. As informações são da Dow Jones.
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