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Discussão com Bolívia deve ficar para após 2º turno
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera retomar as negociações com a Bolívia somente depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 29 de outubro, disseram negociadores brasileiros ouvidos pela BBC Brasil.
Nesta quinta-feira, autoridades brasileiras e bolivianas anunciaram o adiamento, pela segunda vez, de uma reunião para discutir a renegociação dos contratos da Petrobras na Bolívia, que estava prevista para o próximo dia 9 de outubro.
O adiamento foi divulgado por meio de um comunicado conjunto, que não especifica a nova data da reunião.
A nota assinada pelos ministros brasileiro Silas Rondeau (Minas e Energia) e boliviano Carlos Villegas (Hidrocarbonetos) diz apenas que eles esperam se encontrar "no mais breve prazo possível".
O segundo turno das eleições presidenciais brasileiras ocorre um dia depois do prazo final estabelecido no decreto de nacionalização de hidrocarbonetos, anunciado em maio pelo presidente boliviano, Evo Morales.
Pelo decreto, os novos contratos com as petroleiras transnacionais – entre elas, a Petrobras – devem estar definidos até 28 de outubro.
"Impasse emocionante"
“Estamos vendo um emocionante impasse”, resumiu um diplomata brasileiro que vem acompanhando as discussões de perto.
“O prazo não muda. O calendário da nacionalização está mantido”, disseram assessores do ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, repetindo o que ele afirmara na véspera.
A expectativa do governo boliviano era de que a eleição brasileira fosse definida no primeiro turno, o que facilitaria, interpretaram assessores de Morales, o avanço das discussões com o Brasil.
Esta é a segunda vez que a reunião é adiada. A data inicial, 14 de setembro, já havia sido trocada para 9 de outubro devido à campanha eleitoral no Brasil - e depois que o governo brasileiro discordou das medidas adotadas, no mês passado, pelo antecessor de Villegas, Andres Soliz Rada, sobre as refinarias da Petrobras no país.
Essa data de 9 de outubro, no entanto, apesar de garantida pelo governo Morales, foi sempre colocada em dúvida por assessores do governo Lula.
“É uma data tentativa”, afirmaram assessores, mais de uma vez, antes do primeiro turno das eleições, no dia 1º de outubro. “Marcamos a nova data para ganhar tempo.”
Campanha eleitoral
Agora, a campanha eleitoral brasileira para o segundo turno foi decisiva, de acordo com negociadores brasileiros, para que o ministro Silas Rondeau solicitasse ao ministro Villegas o novo adiamento do encontro que seria realizado no dia 9.
“O Brasil continua preferindo ganhar tempo”, afirmaram negociadores do governo brasileiro. “Além disso, as negociações com a Petrobras e o governo Morales estão atrasadas. É impossível chegar a qualquer entendimento em 20 dias. O prazo do dia 28 é inviável.”
Rondeau ligou para Villegas, informaram assessores do Ministério de Hidrocarbonetos, em La Paz, nesta quinta-feira, sugerindo a postergação, “sem data marcada”, para a nova reunião.
No entanto, assessores do ministro boliviano afirmaram que a nova data deverá ser definida e divulgada até o início da semana que vem – “no máximo”.
Ganhar tempo
Se isto ocorrer, especularam negociadores brasileiros, o governo do Brasil voltará a pedir a remarcação da data do encontro.
Até porque, entendem, a presença do ministro brasileiro em La Paz é “um gesto político” sugerido por Morales, já que as discussões técnicas sobre os novos contratos de exploração de gás, distribuição de gasolina e o destino das refinarias da Petrobras estão sendo realizadas diretamente com a empresa e não com o governo brasileiro.
No comunicado conjunto divulgado pelos ministros Rondeau e Villegas afirmou-se sobre o adiamento da reuniao: “A decisão visa a permitir que a YPFB e a Petrobras disponham do tempo necessário para avançar na avaliação das propostas técnicas bilaterais em andamento".
Paralelamente, continua – neste caso, sem prazos – a expectativa do governo boliviano de conseguir ajustar o preço do gás do país vendido ao Brasil.
Nesta quinta-feira, autoridades brasileiras e bolivianas anunciaram o adiamento, pela segunda vez, de uma reunião para discutir a renegociação dos contratos da Petrobras na Bolívia, que estava prevista para o próximo dia 9 de outubro.
O adiamento foi divulgado por meio de um comunicado conjunto, que não especifica a nova data da reunião.
A nota assinada pelos ministros brasileiro Silas Rondeau (Minas e Energia) e boliviano Carlos Villegas (Hidrocarbonetos) diz apenas que eles esperam se encontrar "no mais breve prazo possível".
O segundo turno das eleições presidenciais brasileiras ocorre um dia depois do prazo final estabelecido no decreto de nacionalização de hidrocarbonetos, anunciado em maio pelo presidente boliviano, Evo Morales.
Pelo decreto, os novos contratos com as petroleiras transnacionais – entre elas, a Petrobras – devem estar definidos até 28 de outubro.
"Impasse emocionante"
“Estamos vendo um emocionante impasse”, resumiu um diplomata brasileiro que vem acompanhando as discussões de perto.
“O prazo não muda. O calendário da nacionalização está mantido”, disseram assessores do ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, repetindo o que ele afirmara na véspera.
A expectativa do governo boliviano era de que a eleição brasileira fosse definida no primeiro turno, o que facilitaria, interpretaram assessores de Morales, o avanço das discussões com o Brasil.
Esta é a segunda vez que a reunião é adiada. A data inicial, 14 de setembro, já havia sido trocada para 9 de outubro devido à campanha eleitoral no Brasil - e depois que o governo brasileiro discordou das medidas adotadas, no mês passado, pelo antecessor de Villegas, Andres Soliz Rada, sobre as refinarias da Petrobras no país.
Essa data de 9 de outubro, no entanto, apesar de garantida pelo governo Morales, foi sempre colocada em dúvida por assessores do governo Lula.
“É uma data tentativa”, afirmaram assessores, mais de uma vez, antes do primeiro turno das eleições, no dia 1º de outubro. “Marcamos a nova data para ganhar tempo.”
Campanha eleitoral
Agora, a campanha eleitoral brasileira para o segundo turno foi decisiva, de acordo com negociadores brasileiros, para que o ministro Silas Rondeau solicitasse ao ministro Villegas o novo adiamento do encontro que seria realizado no dia 9.
“O Brasil continua preferindo ganhar tempo”, afirmaram negociadores do governo brasileiro. “Além disso, as negociações com a Petrobras e o governo Morales estão atrasadas. É impossível chegar a qualquer entendimento em 20 dias. O prazo do dia 28 é inviável.”
Rondeau ligou para Villegas, informaram assessores do Ministério de Hidrocarbonetos, em La Paz, nesta quinta-feira, sugerindo a postergação, “sem data marcada”, para a nova reunião.
No entanto, assessores do ministro boliviano afirmaram que a nova data deverá ser definida e divulgada até o início da semana que vem – “no máximo”.
Ganhar tempo
Se isto ocorrer, especularam negociadores brasileiros, o governo do Brasil voltará a pedir a remarcação da data do encontro.
Até porque, entendem, a presença do ministro brasileiro em La Paz é “um gesto político” sugerido por Morales, já que as discussões técnicas sobre os novos contratos de exploração de gás, distribuição de gasolina e o destino das refinarias da Petrobras estão sendo realizadas diretamente com a empresa e não com o governo brasileiro.
No comunicado conjunto divulgado pelos ministros Rondeau e Villegas afirmou-se sobre o adiamento da reuniao: “A decisão visa a permitir que a YPFB e a Petrobras disponham do tempo necessário para avançar na avaliação das propostas técnicas bilaterais em andamento".
Paralelamente, continua – neste caso, sem prazos – a expectativa do governo boliviano de conseguir ajustar o preço do gás do país vendido ao Brasil.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/270427/visualizar/
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