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Internacional
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 10:21

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Um grupo de veteranos da extinta guerrilha queniana Mau Mau processará o Governo britânico pelos abusos cometidos no Quênia há 50 anos durante a guerra pela independência, segundo a edição de hoje do "The Guardian".

Os soldados Mau Mau se sublevaram na década de 50 contra os britânicos que ocupavam o Quênia como potência colonial, desencadeando um grande massacre por ambas as partes que culminou com a independência do país africano em 1963.

Agora, um grupo de dez ex-guerrilheiros quer pedir uma indenização ao Reino Unido argumentando que os colonizadores violaram seus direitos humanos.

Os ex-combatentes quenianos, que pretendem apresentar a ação à Justiça britânica na próxima semana, acusam a Grã-Bretanha de torturas físicas, estupros e assassinatos, entre outros abusos.

Segundo a Comissão de Direitos Humanos do Quênia, que apóia o caso, cerca de 160 mil pessoas foram detidas em duras condições, enquanto milhares foram torturadas.

Os Mau Mau alegam que foram aprisionados em campos de detenção britânicos durante os sete anos que durou o estado de emergência declarado pela potência colonial em 1952.

Os britânicos, que dominaram o Quênia de 1890 a 1963, reagiram deste modo ao assassinato de colonos brancos, entre eles mulheres e crianças, pelos Mau Mau.

Um relatório oficial de 1961 concluiu que, enquanto 32 brancos morreram no conflito, mais de 11 mil africanos morreram nos centros de detenção britânicos.





Fonte: EFE

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