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Nacional
Sexta - 06 de Outubro de 2006 às 06:30

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Em mais um ato para celebrar a aliança com o candidato do PMDB ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na noite desta quinta-feira que não vai apenas "administrar" e sim "cuidar" do país.

"Quando meu adversário fala em contenção de gasto corrente, está pensando em mandar servidor público embora", atacou o presidente, ao se referir a Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência da República.

Durante todo o seu discurso, Lula procurou se diferenciar do seu adversário tucano, que costuma se apresentar como um bom administrador.



Lula destacou a necessidade de que seja entendido o momento político que o Brasil está vivendo.

"O que está em jogo não é uma simples disputa eleitoral. Estamos na disputa de dois projetos diferentes para o país", disse Lula, relacionando em seguida uma série de dados dos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso que considerou extremamente desvantajoso para o país.

"Eles vislumbravam o Brasil para 40 milhões de habitantes, o restante mais pobre o tempo cuidava", afirmou Lula, acrescentando ter consciência de que está muito longe do que gostaria de fazer, mas é possível comparar "os nossos quatro anos com os oito do meu antecessor em todas as áreas de governo".

Lula ressaltou que seu governo não fez distinção partidária em nenhum tipo de política, principalmente a social. "Perguntem para o Aécio (Neves, governador de Minas Gerais) e para o Cláudio Lembo (governador de São Paulo) se já houve um governo que já colocou tanto dinheiro em política social como colocamos em Minas Gerais e São Paulo."

Lula atacou o que chamou de insensibilidade das elites e reforçou o seu compromisso com as camadas mais pobres da população.

"Gente mais chique não sabe que tem gente aqui do lado que não tem água nem esgoto. Quando que um aristocrata da fina flor iria lembrar que Nova Iguaçu precisava de uma Universidade?", disse, referindo-se às extensões universitárias que levou a diversos municípios do país.

Lula brincou com a informação de que a aliança com Sérgio Cabral no Rio foi aprovada por unanimidade no PT. "Nem eu nem o Vladimir (Palmeira, candidato do PT ao governo do Rio) tivemos unanimidade. Isso é um indicativo que nós do PT amadurecemos. Temos que dizer a todo eleitor, quem vota em Lula, vota em Sérgio Cabral", afirmou o petista.

Estiveram presentes no ato realizado numa Universidade do Rio vários ministros, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos e o vice-governador do Estado, Luiz Paulo Conde, que, com sua presença, confirmou o apoio a Lula, ao contrário da governadora Rosinha Matheus, que está com Geraldo Alckmin.




Fonte: Reuters

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