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Internacional
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 16:24

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O presidente eleito do México, Felipe Calderón, disse hoje que a decisão de construir um muro na fronteira de seu país com os Estados Unidos é deplorável, e que não ajuda em nada a resolver o problema comum da migração.

"A decisão tomada pelo Congresso dos Estados Unidos é deplorável.

A construção deste muro não ajuda a resolver este problema comum, que é a migração", disse Calderón.

"Este é um tema que deve ser resolvido bilateralmente, com um enfoque integral e de longo prazo", afirmou.

Calderón, que assume a Presidência do México no dia 1º de dezembro, acrescentou que a migração é um fenômeno social e econômico, que não pode ser resolvido com decretos nem medidas de contenção física.

"O muro levará muitos mexicanos e outros latino-americanos a assumir maiores riscos na busca de novas oportunidades de vida nos EUA, e isso provavelmente aumentará o número de mortes na fronteira, que já chega a 400 por ano", afirmou.

O governante eleito disse que lutará pela defesa dos imigrantes mexicanos nos EUA e pela busca de "soluções integrais" para o problema.

Calderón disse ainda que implementará mecanismos orientados para resolver o as causas do problema.

"A única solução para a questão da migração é gerar oportunidades dignas de emprego no lado mexicano", afirmou.

Ele assinalou que EUA, Canadá e México, parceiros no Tratado de Livre-Comércio da América do Norte, deveriam articular mecanismos que propiciem investimentos e crescimento econômico com justiça no México.

Calderón também se disse favorável à adoção de programas de investimento em regiões menos desenvolvidas, e citou o caso europeu, onde nações como Espanha, Portugal e Grécia recebem fundos especiais de desenvolvimento da União Européia.

"Não descarto a adoção de mecanismos conjuntos que nos permitam destinar recursos ao desenvolvimento regional", afirmou.

"Para reduzir a migração, mais vale um quilômetro de estradas em Zacatecas ou em Michoacán, do que 10 quilômetros de muro", disse.





Fonte: EFE

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