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Economia
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 16:15

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu nesta quinta-feira que a economia brasileira crescerá entre 1,0 e 1,5 por cento no terceiro e no quarto trimestre deste ano.

Em entrevista a jornalistas, Mantega também negou que a autorização de um crédito extraordinário anunciada na véspera tenha motivações eleitorais.

O ministro manteve a estimativa de expansão de 4,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O mercado espera, segundo último relatório Focus, expansão de 3,09 por cento em 2006.

Ele afirmou que só fará uma confirmação ou revisão da estimativa para 2006 depois de conhecidos os dados do terceiro trimestre.

"Eu acho prematuro (rever agora). No ano temos apenas dois trimestres consolidados, vamos esperar o terceiro trimestre. Quando completar o terceiro trimestre, eu farei ou uma afirmação ou uma revisão da projeção de 4 por cento."

No segundo trimestre, a economia brasileira cresceu apenas 0,5 por cento frente ao trimestre anterior, levando economistas e entidades a reduzir a projeção para o ano.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

Mantega avaliou como "positivos" os dados sobre a produção industrial em agosto, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Tudo indica que no terceiro trimestre de 2006 a produção industrial estará em torno de 2 por cento", disse.

"A produção industrial está aquecida e deve continuar neste ritmo até o final deste terceiro trimestre e continuará no quarto trimestre... Já está refletindo a queda da taxa de juros."

O ministro argumentou que, como os cortes da Selic prosseguiram, a tendência de recuperação da indústria "vai se acentuar". O referencial do juro básico no país vem caindo desde setembro do ano passado.

"O que eu queria destacar desses dados do IBGE é o aumento do investimento. O segmento que mais subiu é bens de capital", acrescentou.

"Isso me faz acreditar que o nível de investimentos no ano de 2006 está crescendo bem acima do ano passado e deveremos atingir algo como 7,5 por cento de crescimento do investimento."

A produção industrial cresceu 0,7 por cento em agosto, acumulando taxa de expansão de 2,8 por cento no ano. A produção de bens de capital foi a que registrou a maior taxa de crescimento, de 2,8 por cento.

LIBERAÇÃO DO ORÇAMENTO

Mantega também rebateu críticas de que um crédito extraordinário de cerca de 1,5 bilhão de reais tenha relação com o segundo turno da eleição presidencial.

"Tem a ver com a situação de receita de setembro e outubro e, além disso, o governo continua funcionando, não é porque tem eleição que o governo pára", disse.

"Essa medida tem a ver com o relatório (bimestral) que será divulgado em novembro, que manterá toda a coerência... É absolutamente rotina e o importante é o desfecho disso tudo, que é garantir o superávit primário de 4,25 por cento (do PIB)."





Fonte: Terra

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