Alimentação escolar terá referências nutricionais
As referências nutricionais levam em conta a quantidade de calorias e a proporção de macronutrientes (carbohidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (minerais e vitaminas) necessários ao bom desenvolvimento de crianças e adolescentes, de maneira a evitar tanto a obesidade quanto a desnutrição. Os valores estabelecidos pelo GT foram submetidos e aprovados pelos participantes do último Congresso Brasileiros de Alimentação e Nutrição, realizado entre os dias 12 e 15 de setembro deste ano. “A promoção da alimentação saudável é tão importante para diminuir os índices de mortalidade quanto foi o antibiótico, no século passado, para combater doenças infecciosas”, disse a responsável pela unidade de Saúde da Família, Segurança Alimentar e Nutricional da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil, Zuleica Albuquerque. “É a primeira vez que se discute formas de promover a alimentação saudável e como adaptá-las às características culturais de cada região”, disse a representante da Coordenação Geral de Políticas de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Taís Porto Oliveira.
Manual – Também como resultado das discussões no Grupo de Trabalho, está prevista a elaboração de um manual técnico sobre a aplicação das referências nutricionais e as formas de adaptação das regras às realidades locais. “Este manual deverá ser distribuído aos gestores municipais e estaduais e também às nutricionistas encarregadas da elaboração dos cardápios nas redes públicas”, adiantou a coordenadora geral do Pnae, Albaneide Peixinho.
“A elaboração destas diretrizes leva em conta experiências exitosas, como o trabalho desenvolvido em João Pessoa, pela Universidade Federal da Paraíba, que envolveu a avaliação nutricional e dietética dos alunos da rede pública e os testes de aceitação dos cardápios”, explicou a professora Maria do Carmo Fontes de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa, que participou do GT.
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