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Economia
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 14:07

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O número de executivos-chefes norte-americanos que prevêem uma deterioração na situação econômica dos EUA nos próximos seis meses superou pela primeira vez o dos que prevêem uma melhora, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelos institutos privados de pesquisa Business Council e The Conference Board.

Segundo a pesquisa, feita com 70 executivos, 45,6% deles prevêem uma piora no cenário econômico nos próximos seis meses, enquanto 41,2% esperam uma melhora nas condições econômicas do país nesse período.

Foi a primeira vez que os pessimistas superaram os otimistas e foi também um aumento expressivo das previsões de deterioração da economia em relação ao resultado da pesquisa divulgada em fevereiro, quando os pessimistas eram 16% dos entrevistados.

"Os resultados (...) mostram um aumento da cautela quanto às economias dos EUA e global e preocupação quanto ao crescimento dos lucros", disse o presidente e executivo-chefe da American Express, Kenneth Chenault, no prefácio do estudo.

Preços de energia, taxas de juros em alta e redução da atividade no mercado imobiliário norte-americano estão começando a pesar sobre o desempenho das empresas, segundo a pesquisa.

Dos entrevistados, 71,4% disseram que a economia americana deve crescer entre 2,1% e 3% em 2007; outros 24,3% disseram que o crescimento deve ficar em 2% ou menos.

"Um crescimento de 2% ou 3% [do PIB] não apenas é bastante aceitável, como também, no longo prazo, pode ter uma probabilidade de ser sustentável maior do que qualquer outra", disse o presidente e executivo-chefe da fabricante de equipamentos eletrônicos Rockwell Collins, Clayton Jones.

Apenas 14% dos entrevistados disseram esperar que as condições nos setores em que suas empresas atuam melhorem nos próximos seis meses --em fevereiro, esse percentual era de 40%.

O corte de custos para manter a lucratividade é considerado uma medida chave para 38% dos entrevistados, enquanto outros 80% esperam que o ritmo de contratações se mantenha ou mesmo diminua no período.

Dos executivos entrevistados, 53% disseram que os preços da energia devem registrar queda nos próximos seis meses. Cerca de 75% deles disseram ainda que os juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano) devem ficar entre 5% e 5,5% no período.

No ano passado, devido à passagem do furacão Katrina fez o preço do petróleo chegar a US$ 70, o que provocou altas dos preços da energia com reflexos na inflação.

A inflação, por sua vez, foi o fator que fez o Fed elevar sua taxa de juros por dois anos, entre junho de 2004 e junho deste ano, de 1% ao ano para 5,25% ao ano.

O Business Council é formado por 200 executivos-chefes de grandes empresas americanas, entre elas a General Electric, a American Express e a Johnson & Johnson.





Fonte: Folha Online

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