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Internacional
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 12:28

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O Governo do Iraque e o comando militar americano negaram hoje a informação que vieram à tona hoje de que o líder da organização terrorista Al Qaeda no Iraque, Abu Ayub al-Masri, havia morrido, enquanto a onda de violência voltou a assolar Bagdá.

A notícia sobre a suposta morte do líder da Al Qaeda foi divulgada pela televisão oficial iraquiana "Al Iraquiya", que afirmou que Masri tinha morrido em Haditha, 300 quilômetros ao noroeste de Bagdá, junto com três colaboradores. A informação foi retransmitida pela maior parte das emissoras árabes.

No entanto, após minutos de confusão, a notícia acabou sendo desmentida pelo Governo iraquiano e pelo comando militar americano em Bagdá.

O porta-voz do Executivo iraquiano, Ali al-Dabag, disse em entrevista coletiva que os "exames preliminares feitos no corpo confirmam que não se trata de Abu Ayub al-Masri. O cadáver é de outro homem".

Afirmou também que foram coletadas amostras para um exame de DNA, a fim de comprovar a identidade do corpo.

O general Muafaq al-Sameraei, assistente de Segurança Nacional do primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, disse que a confusão sobre a suposta morte de Masri aconteceu depois da morte de vários membros da Al Qaeda pelas tropas americanas na província de Al-Anbar, onde fica Haditha.

Em um primeiro momento, considerou que Masri estava entre os mortos.

Mas, disse Sameraei, as análises mostraram que "o homem morto não era o líder da Al Qaeda, e que houve uma precipitação no anúncio (da morte), aparentemente para divulgar a notícia com exclusividade".

"A princípio, achamos que (Masri) estava entre os três mortos em um ataque aéreo americano. Ainda estamos fazendo exames de DNA, mas não achamos que Masri tenha sido morto pelas forças americanas", disse um porta-voz militar americano à Efe.

Abu Ayub al-Masri, ou Abu Hamza al-Muhajer, assumiu a liderança da Al Qaeda no Iraque depois da morte do jordaniano Abu Musab al-Zarqawi em junho, durante um ataque aéreo americano ao norte de Baquba, 65 quilômetros ao norte de Bagdá.

O conselheiro de Segurança Nacional do Iraque, Muafaq al-Rubaie, disse na semana passada em entrevista coletiva que as forças iraquianas estiveram "muito perto" de deter o novo líder da Al Qaeda, e que sua prisão poderia acontecer "nos próximos dias".

Na ocasião, Rubaie mostrou imagens encontradas em um esconderijo nas quais Masri explicava como preparar carros-bomba.

A Al Qaeda na Mesopotâmia é a organização terrorista mais violenta dentre as que atuam no Iraque, e foi a primeira que executou e divulgou as imagens de alguns dos reféns que mantém seqüestrados como medida de pressão.

A notícia da suposta morte do líder terrorista não impediu que houvesse um novo dia de violência. Ao menos seis pessoas morreram e 47 ficaram feridas hoje com a explosão de duas bombas em bairros de Bagdá e em um ataque com armas de fogo ao sul da capital, informaram fontes da Polícia.

A Polícia iraquiana encontrou nas últimas 12 horas cadáveres de 37 pessoas com sinais de torturas em diferentes pontos de Bagdá, informaram fontes policiais.

Um dos corpos estava decapitado e a maioria apresentava marcas de tiros na cabeça e sinais de tortura.





Fonte: EFE

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