Defensoria Pública perde autonomia e Orçamento volta ao Governo
Com a medida, a Defensoria Pública volta a ter seu orçamento vinculado ao Estado. Em junho, foi aprovada a emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que prevê o repasse para o exercício de 2007 nos moldes da Emenda Constitucional 44/06. A Constituição do Estado passou a definir para a instituição um percentual de 0,85% da receita corrente líquida, estimada em R$ 5,134 bilhões.
Na época, o deputado Carlos Brito (PDT), autor das duas emendas, à Constituição do Estado e à LDO, explicou que as emendas davam uma nova trajetória para a Defensoria Pública. “Conquistaram a autonomia, mas não tinham um percentual definido. Hoje demos um grande passo que, com certeza, vai refletir na vida das pessoas e famílias que buscam o atendimento da Defensoria Pública” – explicou.
Agora, Brito disse que vai pedir esclarecimentos da Procuradoria da Assembléia Legislativa sobre a prerrogativa constitucional de duas emendas aprovadas pelos parlamentares. “Não concordo com o entendimento do Ministério Público. Por isso, vou pedir uma análise detalhada da procuradoria da Assembléia Legislativa” - destacou Carlos Brito. De acordo com o consultor Jurídico da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, Francisco Monteiro, a peça orçamentária deve retornar à Casa de Leis ainda esta semana.
As Defensorias Públicas, em todo o país, por força da Emenda Constitucional 45/2004, passaram a ser uma instituição autônoma em relação ao Poder Executivo. Entre as atribuições do órgão está a criação e a extinção de seus cargos, decidir sobre a situação funcional do pessoal de carreira. A mudança de status dava ainda autonomia para a Defensoria elaborar sua proposta orçamentária, mas dentro dos limites impostos pela LDO, já que a instituição não possui vinculação com o Poder Executivo.
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