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Nacional
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 07:49

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O fato de ter sobrevivido a uma colisão com um Boeing 737/800 pode ter transformado o jatinho Legacy, da Embraer, numa lenda da aviação mundial. O número de empresários dispostos a pagar US$ 24,7 milhões pelo avião brasileiro aparentemente cresceu após a tragédia da última sexta. A Folha Online apurou que a Embraer recebia no máximo três consultas por mês de pessoas físicas interessadas no Legacy. Somente nesta semana já foram pelo menos nove consultas.

Consultada pela reportagem, a Embraer se recusa a falar sobre o assunto. Para alguns especialistas em aviação comercial, a sobrevivência do Legacy à colisão que matou 155 pessoas que estavam no avião da Gol, na última sexta, pode, sim, despertar o interesse de compradores --especialmente os que não são do ramo da aviação. No entanto, eles alertam que uma compra desse porte só se confirmaria após uma análise técnica e comparativa com as outras aeronaves oferecidas no mercado.

"Reforça a idéia de segurança e o lado psicológico influencia na economia e nos negócios, literalmente um jato que derrubou um Boeing", diz um consultor que pede para não ser identificado.

Mesmo sob uma onda de especulações sobre as possíveis causas do acidente --entre outras, a de que a tragédia pode ter sido causada por uma falha em um equipamento no jato--, desde segunda-feira, as ações da Embraer valorizaram 3,2% na Bolsa de Valores de São Paulo.

O Legacy 600 foi lançado pela Embraer em julho de 2000, em feira do setor nos Estados Unidos. Sua primeira encomenda foi recebida no ano seguinte: 25 jatos para a Swift Aviation. Em 2002, os primeiros modelos começaram a ser entregues para a Swift.

Até setembro deste ano, a Embraer contabiliza 81 jatos modelo Legacy 600 em operação em 18 países. O número de encomendas neste ano não foi divulgado.





Fonte: Folha Online

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