Famílias de vítimas da Gol e TAM se unem

A comissão de familiares das vítimas do vôo 1907 da Gol quer se reunir com representantes da Associação de Vítimas de Acidentes Aéreos, coordenada pela empresária Sandra Assali, que perdeu o marido no desastre aéreo da TAM, em 1996. A principal questão a ser tratada, de acordo com um dos integrantes da comissão, Mauro Calais Siqueira, seria a possibilidade de se exigir que uma comissão independente internacional acompanhe as investigações do acidente.

O pedido de criar um grupo internacional de investigação já havia sido feito na terça-feira ao ministro da Defesa, Waldir Pires, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Siqueira acredita que o encontro será útil para troca experiências entre os grupos. O encontro estava marcado para ontem à noite, no hotel onde parte dos familiares das vítimas do avião da Gol está hospedada em Brasília. Antes de embarcar, Sandra Assali afirmou que o objetivo de sua viagem era oferecer conforto aos familiares.

Irmão do passageiro Plínio Siqueira, Mauro Calais Siqueira disse não estar convicto de que a investigação comandada por brasileiros é isenta. "Há sempre um filtro político na divulgação das informações. Isso nos deixa preocupado", disse ontem.

Ontem, o jornalista do The New York Times Joe Sharkey, que estava no jato Legacy, que colidiu com o avião da Gol, também levantou suspeitas sobre a investigação brasileira. Sharkey afirmou ainda que o controle aéreo na região onde se deu o acidente "é péssimo".