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Economia
Quinta - 05 de Outubro de 2006 às 01:30
Por: Jacqueline Farid

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Em agosto deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2,7 milhões de mulheres trabalhadoras eram as principais responsáveis pelos domicílios no total das seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). As mulheres que respondem pela renda domiciliar representam 29,6% do total das mulheres ocupadas nas seis localidades. O percentual foi maior do que o apurado em agosto de 2002 (28,7%).

Os resultados da pesquisa divulgada ontem mostram que estas trabalhadoras tem entre 40 anos ou mais de idade (62,9% do total), apresentando idade média (43,5 anos) superior a das trabalhadoras em outras condições no domicílio (34,6 anos). É também, menos escolarizadas que a média da população feminina ocupada. Metade delas não têm cônjuge e moram com os filhos.

Os resultados apontam ainda que a inserção desse grupo de mulheres responsáveis pelo domicílio no mercado de trabalho se dá por meio de postos de trabalho informais (sem carteira assinada e por conta própria), sendo que 29,8% do total estão neste grupo de informais. A pesquisa destaca que 21,9% dessas mulheres são trabalhadoras domésticas.

Em termos regionais, o maior percentual de trabalhadoras responsáveis pelo domicílio no total de mulheres ocupadas foi registrado em Salvador (35,7%), seguida de Porto Alegre (35,3%). Em São Paulo, o percentual foi de 28,1%.

A pesquisa do IBGE sobre as mulheres responsáveis pelos domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do país mostra que elas possuem rendimentos maiores, ainda que com jornadas semanais mais longas que as demais ocupadas. Segundo a pesquisa, 12,7% destas trabalhadoras têm rendimentos iguais ou superiores a cinco salários mínimos, percentual que foi superior ao estimado para a média da população feminina ocupada na mesma faixa de rendimentos (10,4%).

A jornada das responsáveis pelos seus domicílios é de 39,2 horas semanais em agosto, ante 38,7 horas das demais mulheres ocupadas. Os rendimentos, ainda que maiores que os da média da população feminina ocupada, "ainda são precários", segundo comentam os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa. Das mulheres nessas condições, 78,6% recebem menos de três salários mínimos.




Fonte: AE

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