Autoridades sabiam do caso Swift, mas não podiam fazer nada
Bush, mas, ante a falta de competência para agir nesse campo, deixaram que a companhia em questão julgasse sozinha a legalidade ou não de suas ações.
Diante dos deputados da comissão de Liberdades do Parlamento Europeu, que organizaram sua primeira audiência depois da revelação dessas transferências em junho passado, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e o diretor do Banco Nacional belga, Peter Praet, foram categóricos: estavam a par da situação há quatro anos, mas não tinham direito de falar publicamente a respeito.
Trichet explicou que uma cláusula de confidencialidade vinculava a Swift com todos os membros do "grupo de vigilância" (integrado pelo BCE, o Banco Nacional belga e outros nove bancos centrais) desse serviço de mensagens vital para o bom funcionamento das transações bancárias internacionais.
O diretor financeiro da Swift, Francis Vanbever, assegurou que a empresa limitou ao máximo as possibilidades de intromissão na vida particular, transmitindo exclusivamente ao Tesouro americano os dados ligados às investigações antiterroristas.
Todos os participantes reconheceram, no entanto, a falta de regras internacionais claras sobre a transferência de dados no que diz respeito à chamada luta antiterrorista.
Vários deputados pediram à UE para que negocie com os Estados Unidos um acordo que defina as condições nas quais os dados bancários de uma pessoa possam ser revelados.
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