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Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 15:11

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Embora ela seja tratada como celebridade por muitos norte-americanos, alguns analistas dizem que a imagem de Condoleezza Rice pode ser abalada por relatos de que a hoje secretária de Estado teria ignorado alertas sobre os atentados de 11 de setembro de 2001.

Apesar de também ter papel central na problemática guerra do Iraque, Rice conseguiu até agora evitar as críticas generalizadas que se abatem sobre seu colega da Defesa, Donald Rumsfeld, e tem repetidamente a maior taxa de aprovação entre os membros do governo Bush. Grande parte desse status de celebridade se deve à mídia —Rice apareceu, por exemplo, na lista das pessoas mais bem vestidas da revista Vanity Fair. Talentosa pianista, ela permitiu ao New York Times que publicasse uma crítica de um recital vespertino para amigos no apartamento dela, no célebre edifício Watergate.

Maníaca por exercícios, Rice já deu dicas de ginástica num programa de TV, e por ser solteira há sempre especulações sobre pretendentes. Na Internet, há um site dedicado à possível candidatura da secretária à Presidência dos Estados Unidos em 2008, o que ela descarta.

Mas um novo livro do premiado jornalista Bob Woodward, chamado "State of Denial" ("Estado de Negação") ameaça abalar a imagem de competência e sofisticação atribuída a Rice tanto como assessora de Segurança Nacional do presidente George W. Bush em seu primeiro mandato quanto como secretária de Estado.

"Acho que ela perdeu parte da sua qualidade de teflon (na qual as críticas não grudam)", disse Phyllis Bennis, pesquisadora do Instituto de Estudos Políticos, um entidade liberal em Washington.

Rice foi recentemente criticada pela forma como lida com as questões nucleares do Irã e da Coréia do Norte, e também com o turbulento Oriente Médio. Durante a recente guerra entre Israel e o Hizbollah, ela foi responsável por os EUA não exigirem um cessar-fogo imediato, o que deu ao Estado judeu sinal verde para continuar atacando o Líbano durante um mês.

Woodward, editor do jornal The Washington Post, foi um dos jornalistas que descobriram o escândalo Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon na década de 1970.

Em seu livro, ele diz que em 10 de julho de 2001 o então diretor da CIA, George Tenet, informou a Rice sobre pistas de um ataque iminente contra os EUA.

Rice, que na época era assessora de Segurança Nacional de Bush, inicialmente disse a jornalistas que não se lembrava da reunião. Mas seu assessor de imprensa Sean McCormack confirmou posteriormente o encontro e disse que Rice pediu ao diretor da CIA que transmitisse as informações aos secretários de Defesa e Justiça.

Para Bennis, Rice estava "zanzando demais por aí" e sua resposta foi mais nociva que suas ações. "Não é tanto o que ela fez ou deixou de fazer, mas como está reagindo a isso"





Fonte: Terra

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