Teólogos do Vaticano continuam debatendo a existência do limbo
Os teólogos, cujos estudos deverão ser concluídos em 2008, mantêm nesta semana sua reunião anual dedicada pela segunda vez ao limbo, cuja existência foi colocada em dúvida por inúmeros teólogos cristãos.
O tema figura no programa de trabalhos da comissão para os anos 2004-2008 e suas conclusões serão conhecidas ao término desse prazo.
Segundo o programa do Vaticano, os membros da comissão teólogica internacional concluirão na sexta-feira suas reuniões com uma missa presidida pelo Papa Bento XVI, que assistiu durante anos a assembléia como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Em 1984, o cardeal Joseph Ratzinger apoiou, "a título pessoal", que fosse abandonada a hipótese da existência do limbo.
Mas agora que foi eleito Papa será mais difícil que se pronuncie sobre um tema tão delicado.
Na teologia católica, o limbo descreve o estado temporário das almas das pessoas boas que morreram antes da ressurreição de Jesus, e o estado permanente dos não-batizados que morrem muito pequenos sem terem cometido qualquer pecado, mas não estão isentos do pecado original.
A existência do limbo foi sugerida pelo teólogo São Agostinho, que morreu no ano 430.
Os ensinamentos da Igreja dizem que, quando uma alma não merece ir para o Inferno, mas tampouco pode seguir o caminho revelado por Deus até o Céu, seu destino é desconhecido para nós.
O significado de limbo é "fronteira". Apesar de popularmente entendido como lugar para onde vão as almas, do ponto de vista teológico o conceito não está completamente definido.
Na realidade, o limbo não faz parte da doutrina oficial da Igreja católica, como acontece com o Purgatório.
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