Moscou acusa o presidente georgiano de "política anti-russa"
Lavrov disse que o "problema" não é que Saakashvili esteja se inclinando aos Estados Unidos, mas sua "política anti-russa", e advertiu da necessidade de "examinar os problemas de forma conseqüente".
Afirmou que não se pode "ceder às provocações do regime de Saakashvili".
Lavrov falou sobre a crise entre a Rússia e a Geórgia em entrevista coletiva e em seu discurso na Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa, cuja Presidência rotativa está a cargo da Rússia.
O chefe da diplomacia russa disse que a Geórgia "não está cumprindo resoluções aprovadas por organizações internacionais" e deu como exemplo as relacionadas ao conflito da Abkházia.
Esta república autônoma separatista da Geórgia impede, segundo as autoridades georgianas, a integridade territorial do país e mantém boas relações com a Rússia.
Lavrov mostrou sua disposição em "colaborar" com o povo georgiano "à altura que quiser".
O secretário-geral do Conselho da Europa, Terry Davis, que compareceu junto a Lavrov à imprensa, expressou sua "preocupação" com o conflito diplomático iniciado na semana passada entre a Rússia e a Geórgia.
Apesar da libertação dos quatro espiões russos pela Geórgia, Moscou mantém a pressão sobre Tbilisi e impôs um amplo bloqueio contra o país.
O presidente da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa, René van der Linden, deve se encontrar hoje com os dois chefes das delegações parlamentares, o russo Konstantin Kosachev e o georgiano Giorgi Bokeria.
Em relação ao futuro do Kosovo, Lavrov disse que não se aceitará que o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprove uma "decisão imposta" por uma das partes.
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