Ministro russo pede a Pyongyang contenção e responsabilidade
"Espero que os dirigentes da Coréia do Norte atuem com contenção, prudência e responsabilidade neste assunto", disse Ivanov à imprensa na base aérea russa de Kant, no Quirguistão, onde assiste a exercícios militares.
Ivanov ressaltou que a Coréia do Norte faz fronteira com a Rússia e afirmou que "se os testes nucleares forem realizados podem causar prejuízos à Federação Russa", segundo a agência "Interfax".
"Temos determinados temores, já que a Coréia do Norte abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear", afirmou.
Ivanov também ressaltou que a Rússia, um dos poucos aliados do isolado regime comunista no cenário internacional, "se atém firmemente a todas as normas do regime de não-proliferação das armas de extermínio".
O regime da Coréia do Norte anunciou na terça-feira que fará "no futuro" seu primeiro teste nuclear como uma medida de "dissuasão atômica" e de "defesa" contra a ameaça de agressão e as sanções financeiras dos Estados Unidos.
"Este gesto da Coréia do Norte representa uma ameaça real para a segurança não só na Ásia mas também no mundo todo, a Rússia incluída", disse hoje o senador Víctor Ozerov, que representa a região do extremo leste da Rússia na Câmara Alta, área que limita com a Coréia em 20 quilômetros.
Ozerov lembrou que um dos sete mísseis lançados em julho por Pyongyang sem aviso prévio caiu próximo à fronteira marítima da Rússia.
O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, disse na terça-feira que "a Rússia coopera com os outros países que participam das negociações multilaterais - EUA, China, as duas Coréias e Japão - para que Pyongyang exerça moderação e não tome decisões bruscas".
Além disso, Lavrov afirmou que, para resolver as disputas financeiras, "é necessário que os Estados Unidos e a Coréia do Norte façam contatos bilaterais".
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