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Internacional
Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 08:00

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Três homens mascarados mataram a tiros um líder do Hamas quando ele saía de uma mesquita da Cisjordânia nesta quarta-feira, disseram testemunhas. No dia anterior, membros de uma facção palestina rival ameaçaram matar líderes do Hamas.

A violência se intensifica antes da visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e em meio à disputa de poder entre o movimento militante Hamas, que está no governo, e a facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.

Rice vai se reunir com Abbas na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, nesta quarta-feira, antes de se encontrar com líderes israelenses.

Rice pediu o fim da luta interna palestina, que já deixou pelo menos 12 mortos esta semana.

Testemunhas contaram que homens armados saíram de um carro e atiraram em Mohammed Odeh, 37, quando ele deixava uma mesquita depois das orações da manhã. Em seguida, eles partiram em velocidade, disseram as testemunhas.

Dirigentes da Fatah na cidade de Qalqilya, perto da aldeia de Hableh, onde ocorreu o incidente, negaram envolvimento e culparam Israel. Dirigentes locais do Hamas disseram que não sabem quem foi responsável.

Testemunhas disseram que o veículo tinha placas israelenses. Não é incomum ver carros com placas de Israel em algumas das grandes cidades palestinas na Cisjordânia ocupada.

O Exército israelense negou envolvimento.

Odeh, descrito como um líder local do Hamas, morreu a caminho do hospital, segundo funcionários do serviço médico.

A morte acontece um dia depois que as Brigadas de Mártires de Al-Aqsa, facção armada da Fatah, ameaçaram em comunicado matar dirigentes do Hamas.

Azzam al-Ahmad, líder do bloco da Fatah no Parlamento, disse nesta quarta-feira que o comunicado foi forjado. Um porta-voz das Brigadas em Gaza confirmou a autenticidade do documento.

A violência desta semana na Faixa de Gaza e na Cisjordânia representa o pior conflito interno desde que a Autoridade Palestina foi criada, em 1994, sob os acordos interinos de paz com Israel.

O Hamas, que defende a destruição de Israel, derrotou a Fatah nas eleições de janeiro. A vitória provocou o corte da ajuda ocidental à Autoridade Palestina, por causa da recusa do Hamas em reconhecer Israel e renunciar à violência.





Fonte: Reuters

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