Homem é considerado criminoso após primo preso usar seu nome
No dia da eleição, no último domingo (1º), Wagner Aparecido Diniz Nobre acordou cedo e foi até a escola onde costuma votar. Chegando na seção eleitoral, teve uma surpresa: descobriu que o nome dele estava na lista de pessoas impedidas pela Justiça.
Duas semanas antes das eleições um fato chamou a atenção da família de Wagner. Ele recebeu uma carta do primo que, em vez de utilizar o próprio nome, Júnior Aparecido Diniz dos Santos, assinou a correspondência usando o nome de Wagner, o que levou a família a desconfiar que o parente estava usando sobrenome falso para cometer crimes em Corumbá.
Wagner diz que procurou a polícia e não teve ajuda para resolver o problema. Em uma ligação para o Mato Grosso do Sul ele descobriu que o primo está preso e cumpre pena de dois anos e seis meses de prisão por roubo à mão armada em Corumbá.
Segundo Wagner, o diretor do presídio disse que não poderia fazer nada para resolver o erro. Por telefone, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso do Sul afirmou que nada poderia fazer nesse caso.
De acordo com o promotor Antonio Baldin, a vítima deve procurar uma delegacia e registrar um boletim de ocorrência. A polícia tem a obrigação de investigar o caso, já que a ocorrência foi aberta informando sobre o crime de falsa identidade. Caso a polícia não investigue, ele orienta que a vítima procure o Ministério Público.
O promotor orienta ainda que as pessoas cuidem de seus documentos de identidade, pois a perda pode implicar em diversos problemas.
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