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Internacional
Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 02:01

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A mulher de Chen Guangcheng, advogado que denunciou esterilizações e abortos forçados no leste da China, foi detida, interrogada e ameaçada por autoridades locais quando ia visitar seus pais acompanhada de sua filha, denunciou hoje um comunicado da organização Human Rights In China (HRIC).

Yuan Weijing, mulher do reconhecido ativista de defesa dos direitos humanos, foi obrigada nesta terça-feira a entrar num carro da Polícia quando se dirigia ao povoado onde vivem os seus pais.

Segundo Yuan, os policiais disseram no interrogatório que "a cidade e o distrito não aprovavam a visita". Ela disse que foi ameaçada e que, se insistisse em ir ao local, ela e seus pais teriam que "suportar as conseqüências".

Yuan, que já tinha sido interrogada em julho, permaneceu nove horas na delegacia de Shuanghou.

A mulher de Chen conta que desde a detenção de seu marido, em 11 de março, tem sido vigiada pela Polícia 24 horas por dia.

No comunicado, a HRIC condena "o assédio a Chen Guangcheng e sua família", e pede à comunidade internacional que denuncie a campanha de intimidação contra ativistas políticos no país.

Chen, de 35 anos e cego, ajudou a denunciar que 7 mil famílias foram obrigadas na cidade de Linyi, na província de Shandong, no leste, a submeter-se a abortos e esterilizações ilegais por parte do Governo local. O caso foi confirmado posteriormente pelas autoridades centrais, causando um grande escândalo.

O advogado foi condenado recentemente a quatro anos e três meses de prisão por "danos à propriedade pública". O julgamento foi considerado irregular por grupos de defesa dos direitos humanos.




Fonte: Agência EFE

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