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Economia
Quarta - 04 de Outubro de 2006 às 01:15

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Mato Grosso exportou 3,9% a mais entre janeiro e setembro deste ano na comparação com o mesmo período de 2005. Foram US$ 3,328 bilhões no acumulado de 2006 contra US$ 3,219 bilhões do ano anterior. Apesar do aumento registrado, o percentual representa uma desaceleração de 1% no crescimento das exportações em relação ao acumulado até agosto, que foi de 4,9%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O levantamento revela também que o volume exportado em setembro deste ano apresentou uma baixa significativa em relação ao mês anterior. No mês passado o Estado exportou US$ 378 milhões contra US$ 470 milhões de agosto. A redução de 19,57% nos embarques repercute uma tendência apresentada pelo mercado há dois meses. Em junho, as vendas externas de Mato Grosso foram de US$ 476 milhões, o que demonstra o processo de queda nos dois últimos meses.

Na comparação entre setembro de 2006 e 2005, também houve queda. As exportações do Estado foram 2,4% menores ante os R$ 406,8 milhões do nono mês do ano passado. A retração das vendas externas no mês de setembro não foram uma ocorrência apenas de Mato Grosso entre as unidades da federação do Centro-Oeste. Ela aconteceu em Mato Grosso do Sul (-6,7%) e Distrito Federal (-62,3). Somente Goiás apresentou saldo positivo, com aumento de 2% em relação a setembro de 2005.

A variação entre os meses de setembro de 2006 e 2005, no balanço do Centro-Oeste ficou negativa em 2,8% no volume de negócios com o exterior. O resultado registrado foi o único negativo entre as regiões do pais.v Para o assessor técnico do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Emerson Moura, a baixa nas exportações com o mercado externo confirmam a tendência dos últimos dois meses no Estado.

A reversão, conforme ele, dependerá de um recuperação no complexo soja que tem registrado desempenhos negativos consecutivos. "Os reflexos da política cambial, a greve na Receita Federal e ainda o impacto da crise do agronegócio são os principais indicadores desse declínio".

Moura não tem grandes perspectivas para este ano. "Teremos que aguardar a acomodação no setor político, saber como ficam as questões do câmbio e esperar por um dólar favorável".

Outra perspectiva apontada pelo assessor técnico do CIN é o fortalecimento das vendas da carne. No mês passado, as exportações da carne bovina puxaram o crescimento das exportações, com alta de 81%.




Fonte: A Gazeta

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