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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 23:11

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A Bovespa mantém o ritmo de queda na tarde desta terça-feira, mesmo depois de a Bolsa de Nova York recuperar-se do desânimo da primeira etapa e atingir novos recordes.

Às 15h55, a Bolsa brasileira recuava 1,12%, para 36.641 pontos, enquanto o índice Dow Jones tinha alta de 0,66%, aos 11.748,23 pontos --na máxima do dia, chegou a 11.758,95 pontos--, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) subia 0,39%, para 2.232,99 pontos. As principais Bolsas européias operavam em queda.

A queda dos preços do petróleo --o barril despencava 3,75% em Nova York, para US$ 58,74-- animava bastante os investidores americanos, por significar um alívio nas pressões inflacionárias.

Pela manhã, o movimento em Wall Street era de realização de lucros.

Os rumos da economia dos Estados Unidos prosseguem como principal tema de discussão. A opinião de que o pouso será suave tem ganhado força a cada dia, bem como as apostas de que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) em breve poderá voltar a cortar a sua taxa básica de juros, que está atualmente em 5,25% ao ano. A redução dos preços do petróleo é mais um argumento para isso.

O único indicador econômico relevante de hoje foi divulgado logo cedo: segundo a consultoria consultoria Challenger, Gray & Christmas, o número de cortes de vagas no mercado de trabalho norte-americano chegou a 110.315 em setembro, o que significa um aumento de 54% na comparação com agosto e de 40% em relação a setembro de 2005.

Agora, espera-se o discurso de Ben Bernanke --presidente do Fed-- amanhã. Na sexta-feira, saem a folha de pagamentos e a taxa de desemprego referentes a setembro.

Sobre a economia brasileira, aguarda-se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga na sexta-feira. As estimativas do mercado são de que fique perto dos 0,2%. No dia anterior, as atenções estarão voltadas aos dados sobre produção industrial.

Também existe a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) mantenha a trajetória de redução da Selic, hoje em 14,25% ao ano.

Eleições

Ontem, após a definição de um segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), a Bovespa teve forte alta.

As atenções do mercado estão concentradas no andamento da campanha para a presidência, de olho no segundo turno, que será realizado no dia 29 de outubro.

O clima é de cautela, mas não deve haver muitas turbulências, principalmente porque os analistas consideram que não há muitas diferenças entre os programas de Lula e Alckmin.

A maior fonte de tensão está nas investigações sobre o dossiêgate --há o temor que as denúncias respinguem no presidente e que, caso ele seja reeleito, elas acabem provocando o seu afastamento.

Hoje, os advogados de Lula apresentaram defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dizendo que não há provas de que ele tenha sido beneficiado pelo episódio.

Câmbio

O dólar comercial subia 0,69%, vendido a R$ 2,174. O paralelo ficava estável a R$ 2,33 e o turismo avançava 0,44%, a R$ 2,27.





Fonte: Folha Online

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