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Natal terá mais importados nas prateleiras, avalia CNI
A baixa cotação do dólar fará com que o consumo de produtos importados seja maior no Natal deste ano. A avaliação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que aponta a constante valorização do real como o principal fator para esse consumo.
"É razoável esperar que a penetração de importados seja mais intensa nas redes varejistas", disse Flávio Castelo Branco, da Unidade de Política Econômica da CNI.
Ele lembra ainda que o consumidor brasileiro não está atento a questões como nacionalidade do produto e, que no final, o que pesa mais na hora da decisão é o fator preço.
"Não é uma decisão consciente. É uma decisão pelo preço", avalia.
No final do ano passado, o real já estava valorizado. No entanto, Castelo Branco explicou que como os contratos entre as empresas são fechados com antecedência, a presença de importados foi menor no Natal do ano passado.
"Os efeitos da valorização do câmbio vem se tornando mais permanentes", avalia.
No acumulado do ano até setembro, as importações somam US$ 66,711 bilhões, um crescimento de 23,3% sobre o mesmo período do ano passado. Já as exportações crescem a um ritmo menor, de 16,1%, para US$ 100,713 bilhões.
No entanto, para a CNI, ainda não é um momento de alerta, já que o peso dos bens de consumo é baixo, embora venha crescendo a um ritmo forte.
Do total das importações, os bens de consumo somam US$ 8,496 bilhões, um crescimento de 42,2% --sendo de 55,5% só no mês passado. Os bens de capital, que indicam investimentos, crescem 23,6% no ano (US$ 13,824 bilhões) e a compra de matérias-primas e insumos, 18,6% (US$ 33,226 bilhões). Já o aumento das compras de combustíveis e lubrificantes está em 29,4% (para US$ 11,165 bilhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento.
Exportações
Por outro lado, embora as exportações continuem em alta, as indústrias brasileiras estão faturamento menos, já que a receita em reais é menor com a valorização.
"Já não é mais tão lucrativo fazer novas vendas externas", disse Castelo Branco. Para a CNI, os setores mais atingidos pela valorização do real são os de madeira, têxtil e calçados. Apresentam crescimento as vendas de minérios, petróleo e álcool.
"Quando se tem uma parcela importante [cerca de 25%] da produção que vai para o exterior, você está falando que uma parte expressiva das suas vendas está tendo uma perda", disse Paulo Mol, também da CNI.
A CNI espera que a quantidade de importações apresente neste ano um crescimento de 16,6% --os dados do Desenvolvimento medem valor, que inclui quantidade exportada e variação dos preços. Para as exportações, a previsão é de um aumento de apenas 2,5%.
"É razoável esperar que a penetração de importados seja mais intensa nas redes varejistas", disse Flávio Castelo Branco, da Unidade de Política Econômica da CNI.
Ele lembra ainda que o consumidor brasileiro não está atento a questões como nacionalidade do produto e, que no final, o que pesa mais na hora da decisão é o fator preço.
"Não é uma decisão consciente. É uma decisão pelo preço", avalia.
No final do ano passado, o real já estava valorizado. No entanto, Castelo Branco explicou que como os contratos entre as empresas são fechados com antecedência, a presença de importados foi menor no Natal do ano passado.
"Os efeitos da valorização do câmbio vem se tornando mais permanentes", avalia.
No acumulado do ano até setembro, as importações somam US$ 66,711 bilhões, um crescimento de 23,3% sobre o mesmo período do ano passado. Já as exportações crescem a um ritmo menor, de 16,1%, para US$ 100,713 bilhões.
No entanto, para a CNI, ainda não é um momento de alerta, já que o peso dos bens de consumo é baixo, embora venha crescendo a um ritmo forte.
Do total das importações, os bens de consumo somam US$ 8,496 bilhões, um crescimento de 42,2% --sendo de 55,5% só no mês passado. Os bens de capital, que indicam investimentos, crescem 23,6% no ano (US$ 13,824 bilhões) e a compra de matérias-primas e insumos, 18,6% (US$ 33,226 bilhões). Já o aumento das compras de combustíveis e lubrificantes está em 29,4% (para US$ 11,165 bilhões). Os dados são do Ministério do Desenvolvimento.
Exportações
Por outro lado, embora as exportações continuem em alta, as indústrias brasileiras estão faturamento menos, já que a receita em reais é menor com a valorização.
"Já não é mais tão lucrativo fazer novas vendas externas", disse Castelo Branco. Para a CNI, os setores mais atingidos pela valorização do real são os de madeira, têxtil e calçados. Apresentam crescimento as vendas de minérios, petróleo e álcool.
"Quando se tem uma parcela importante [cerca de 25%] da produção que vai para o exterior, você está falando que uma parte expressiva das suas vendas está tendo uma perda", disse Paulo Mol, também da CNI.
A CNI espera que a quantidade de importações apresente neste ano um crescimento de 16,6% --os dados do Desenvolvimento medem valor, que inclui quantidade exportada e variação dos preços. Para as exportações, a previsão é de um aumento de apenas 2,5%.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/271303/visualizar/
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