Ministro israelense prevê nova guerra contra o Hezbollah
"Quem acredita que o Exército libanês vai garantir a segurança de Israel deve estar tendo visões", declarou Ben Eliezer à rádio pública israelense. Ele insistiu na necessidade de preparar as Forças Armadas para um novo confronto. Na sua opinião, o conflito pode explodir "nos próximos meses".
Ben Eliezer acha necessário preparar, sobretudo, as forças de terra, após os erros das autoridades e de comandantes na guerra com os milicianos islâmicos, que terminou dia 14 de agosto com um Armistício.
O cessar-fogo foi determinado pelo Conselho de Segurança da ONU, que vai postar uma força internacional de 15 mil homens para cooperar com o Exército libanês e impor a soberania do governo no sul do país, e ao longo dos 110 quilômetros da fronteira com Israel.
"Nós não podemos confiar no Exército libanês para impedir os ataques do Hezbollah", disse Ben Eliezer, acrescentando que "é preciso ouvir o que diz a milícia". O líder do Hezbollah Hassan Nasrallah, que exaltou "a vitória" na guerra de 34 dias com Israel, disse que seus milicianos contam ainda com 20 mil foguetes.
Durante a guerra, os milicianos dispararam cerca de 4 mil mísseis contra a população civil do norte de Israel. Ben Eliezer, do Partido Trabalhista, também defendeu que o governo do primeiro-ministro Ehud Olmert "prepare a retaguarda", em alusão à população civil.
Nasrallah sustenta que Israel não se retirou totalmente do Líbano, e que ainda controla parte da aldeia de Ghajar, dividida desde o ano 2000 pela fronteira fixada pela ONU. Os israelenses, por sua vez, alegam que sairão do local após um acordo com o Exército libanês e a Força Interina da ONU (Finul) para coordenar as operações em caso de incidentes, como o contrabando de armas.
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