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Internacional
Terça - 03 de Outubro de 2006 às 03:50

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A Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) anunciou hoje a detenção de mais dois ex-líderes das manifestações de 1988 pela democracia, que foram acusados de incitar a instabilidade e o terrorismo.

Em carta publicada pelos jornais estatais, o regime militar afirmou que Min Zeya, de 45 anos, e Pyone Co, de 40, dois ativistas defensores dos direitos humanos que estiveram presos durante quase uma década, foram novamente detidos no sábado.

Min Ko Naing, Htay Kywe e Ko Ko Gyi já haviam sido detidos na quarta-feira passada, quando a Liga Nacional pela Democracia (LND) se preparava para celebrar os seus 20 anos de fundação.

Os cinco ativistas detidos eram estudantes em 1988, quando desempenharam um papel de destaque nos protestos silenciados a tiros pelos militares, com milhares de mortes.

Segundo a nota nos jornais, os cinco ativistas foram detidos "para prevenir a instabilidade interna e o terrorismo" e por sua conexão com a decisão dos Estados Unidos de incluir a Birmânia na agenda do Conselho de Segurança da ONU.

Nações Unidas, Anistia Internacional e outras organizações comprometidas com a defesa dos direitos humanos calculam que mais de mil birmaneses estão presos por motivos políticos.

Aung San Suu Kyi, chefe da LND e prêmio Nobel da Paz em 1991, se encontra detida desde maio de 2003.




Fonte: Agência EFE

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