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Nacional
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 19:00

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O delegado da Polícia Federal de São Paulo Edmilson Bruno disse hoje (2) que a atitude de divulgar imagens do dinheiro que seria usado para comprar o dossiê contra políticos do PSDB e outros partidos não teve motivação política nem financeira. Segundo ele, sua intenção era apenas revelar a verdade.

"Fiz sozinho, por consciência. Não para ser herói e paladino da Justiça, mas para cumprir meu dever como delegado da PF", afirmou o delegado a jornalistas, na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. "Vocês acham que a sociedade tem o direito de saber a verdade? Se sim, eu agi certo. Se não, eu agi errado", declarou.

De acordo com Bruno, que se declarou apartidário, a imprensa está invertendo a ordem dos fatos ao fazer uso político da divulgação das fotos. "O que é relevante no momento é a origem do dinheiro. É isso que dá cunho político à coisa".

O delegado disse que não cometeu nenhum crime ao divulgar as fotos, alegando que não estavam sob sigilo. Também negou ter recebido dinheiro da imprensa pelos CDs em que gravou as 23 fotos do dinheiro apreendido, tiradas durante perícia realizada na última quinta-feira. "Não recebi dinheiro. Querem quebrar o meu sigilo, mas não precisa. Eu entrego o meu sigilo".

Na sexta-feira, o superintendente da PF em São Paulo, Geraldo José de Araújo, confirmou a veracidade das fotos divulgadas pela imprensa, mas disse que continuam preservadas pela polícia.

Como delegado de plantão, Bruno foi o responsável pela prisão de Gedimar Passos, agente aposentado da PF, e Valdebran Padilha. Ambos trabalhavam na campanha à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva e foram presos com R$ 1,7 milhão. Depois da prisão, Bruno não teve mais participação nas investigações.





Fonte: Agência Brasil

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