Quatro militares russos acusados de espionagem entregues a OSCE
O ministro de Assuntos Exteriores da Geórgia, Guela Bezhuashvili, representou as autoridades georgianas na entrega dos oficiais russos, que foram escoltados até veículos oficiais da OSCE. Eles devem ser transferidos a Moscou ainda hoje.
Um representante da Procuradoria comunicou os oficiais russos que estão sendo "deportados" da Geórgia e que estão proibidos de retornar no futuro por ter participado de "atividades de espionagem".
Os supostos "espiões", segundo a Geórgia membros do Serviço de Inteligência Militar da Rússia, foram detidos e condenados na semana passada a dois meses de prisão preventiva, o que originou uma grave crise diplomática entre ambos os países.
O presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, disse hoje em reunião com De Gucht, mediador da crise, que a detenção dos oficiais russos não foi um gesto de desafio à Rússia.
"Neutralizamos uma rede de espionagem e atuamos dentro das normas internacionais", assinalou.
Saakashvili afirmou que o bloqueio russo por terra, ar e mar imposto hoje à Geórgia "não será eficaz" e representa "algo inadmissível para o mundo civilizado".
"Não tememos que a Rússia empreenda ações militares contra Geórgia e negamos as afirmações de que nós nos preparamos para a guerra", ressaltou.
"Essa pergunta deveria ser feita aos dirigentes russos, já que nós não nos propomos a tomar tal decisão", disse o líder georgiano quanto à eventual ruptura de relações bilaterais. Por sua parte, De Gucht expressou a esperança de que Moscou responda à entrega de seus militares detidos com um passo análogo e atenue a atual tensão em suas relações com Tbilisi.
"Os países vizinhos devem manter boas relações e esperamos que a Rússia levante em breve o embargo imposto à Geórgia", acrescentou.
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