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Internacional
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 11:12

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Os choques entre membros dos grupos Hamas [no governo] e Fatah [ligado a Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina] --ambos com braços políticos e armados-- expõem mais uma vez a fragilidade do governo palestino.

A violência que causou a morte de oito pessoas e deixou cerca de cem feridos teve início ontem quando cerca de 3.500 membros do Hamas entraram em choque contra funcionários públicos e homens do corpo de segurança aliados ao Fatah, que protestavam pelo atraso de pagamento de seus salários.

Abbas, que está na Jordânia, deve voltar nesta segunda-feira a Ramallah.

Desde que o Hamas assumiu o Parlamento palestino, ao vencer as eleições ocorridas em janeiro deste ano, a divisão de poderes tem causado conflitos entre os dois grupos políticos. O Hamas não reconhece o Estado de Israel e prega sua destruição. O governo israelense também não aceita o governo do Hamas, e interrompeu o repasse de dinheiro aos palestinos.

A falta de entendimento entre dos dois lados reforça a crise financeira palestina, visível no atraso de salários e na falta de investimento na infra-estrutura.

Novos confrontos

Nesta segunda-feira, em Naplusa, no norte da Cisjordânia, militantes do Fatah dispararam contra os seguranças do vice-premiê palestino Nasser Shaer, ferindo a um deles. O vice-premiê não estava no veículo no momento do ataque. O tiroteio desta segunda-feira eclodiu no momento em que um grupo de pessoas ligadas ao Fatah retiravam o corpo de uma da vítimas da violência de ontem ara realizar o cortejo fúnebre.

Não há informações sobre feridos nesta segunda-feira.

Além dos confrontos, o Fatah realizou hoje uma greve geral em algumas regiões da Cisjordânia, obrigando o fechamento de escolas privadas e de alguns escritórios. O Hamas também ordenou a interrupção de funcionamento de todos os prédios governamentais para protestar contra ataques do Fatah a esses edifícios.

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniye [chefe do Hamas], disse que a tensão em Gaza havia diminuído, mas expressou preocupação com a situação na Cisjordânia. "Voltamos a pedir a nosso povo que seja responsável, que não dissemine desacordos e conflitos e não espalhe tensão para outras regiões", disse.





Fonte: Folha Online

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