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Internacional
Segunda - 02 de Outubro de 2006 às 07:59

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Quase metade dos homens que pagam para ter sexo tem um relacionamento, segundo uma pesquisa realizada por uma organização da Escócia.

A Iniciativa Sandyford, de Glasgow, analisou os dados de 2,5 mil homens que compareceram a uma clínica que trata de doenças sexualmente transmissíveis. Um em dez disse que já havia pago por sexo.

Destes, cerca de um em quatro disse ter usado os serviços de uma prostituta com freqüência, 43% disseram ter um relacionamento fixo e 20% tinham uma doença sexualmente transmissível.

As informações foram coletadas entre outubro de 2002 e fevereiro de 2004 e foram publicadas na revista especializada Sexually Transmitted Infections. Os pesquisadores disseram que o número de homens que pagam por sexo pode ser bem maior.

Eles descobriram que mais da metade dos que admitiram tendo relações sexuais com prostitutas haviam pago pelo serviço no exterior, enquanto 40% afirmaram que haviam feito na Grã-Bretanha. Pouco menos de 2% disseram já ter pago por sexo no território britânico e em outros países.

Sexo sem proteção é uma prática rara, segundo o estudo, mas é mais comum entre homens que tiveram relações sexuais com prostituta no exterior. E mais de metade (56%) dos homens que admitiram ter tido relações sem proteção tinham uma parceira fixa.

O número de homens que procuram por sexo pago nas ruas e o daqueles que vão a casa específicas são parecidos. Os pesquisadores afirmam que isso sugere que é preciso haver uma mudança na maneira como as campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis são feitas, já que normalmente o trabalho é feito nas ruas.

Entre as doenças encontradas estavam gonorréia, clamídia e sífilis, mas nenhum deles era portador do HIV.

Tendência Peter Baker, da organização Men´s Health Forum, enfatizou que o número de homens que pagam para ter sexo na população em geral deve ser menor do que o registrado pelo pesquisa.

Mas ele afirmou que os dados aparentemente confirmam uma tendência de aumento no número de homens que procuram por prostitutas.

"Parcialmente isso se deve a uma crescente instabilidade e fragilidade das relações", afirmou.

"Isso também pode ser atribuído ao fato de que muitos homens estão sofrendo altos níveis de stress, ansiedade e depressão, mas são relutantes e procurar por ajuda", disse.

"O que eles fazem é procurar alívio no álcool, nas drogas e no sexo", completou.

Baker também afirmou que existe hoje um preconceito menor em relação a pagar por sexo e que a internet pode estar ajudando a incentivar tal comportamento.

"Há uma necessidade de educar homens e trabalhadores de saúde pública sobre sexo seguro", afirmou.

"Nós temos que lidar com o fato de que muitos homens irão em algum momento pagar por sexo e que eles precisam saber mais sobre preservativos, como fazer sexo oral e como acessar os serviços de saúde", completou.





Fonte: BBC Brasil

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